Setecentos e dez produtores estão participando da Semana do Fazendeiro, em Viçosa. A Dona Maria José Vidigal. tem 86 anos ela veio atrás de alternativas para produzir em um sítio que comprou com a irmã durante a pandemia. “Ainda não sabemos o que cultivar, mas já tivemos problemas com inundação durante o verão”, por isso, ela escolheu participar da palestra sobre conservação e pagamento por serviços ambientais.
A irmã de Dona Maria José é Carmelita, de 73 anos. Ela nunca havia participado como aluna, mas depois de aprender sobre as vantagens da conservação do meio ambiente, ela se inscreveu em um curso sobre aplicação do metaverso no cotidiano das pessoas e em áreas florestais. Sim, Dona Carmelita quer entender o que é essa novidade e como funciona a realidade virtual. “Quem sabe eu consiga usar esse tal metaverso em projetos de educação ambiental?”.
Já o estudante do curso de Química na UFV, Eduardo Souza de 21 anos, participou de cursos sobre produção de gado leiteiro. “Meus pais são produtores rurais e estamos numa fase de modernizar a gestão da fazenda da família. Eu quero colaborar e estou aqui para aprender mais sobre genética e administração rural. Não dá mais para fazer as coisas como antes e estou bem empolgado”, afirmou.
Há técnicas que preconizam a integração de lavoura, pecuária e floresta em uma mesma área, chamada de ILPF. Elas ampliam as expectativas financeiras do Sidney Rezende, produtor rural em Ervália, município vizinho à Viçosa. Até fazer os cursos de agricultura conservacionista na Semana do Fazendeiro, ele cultivava milho apenas para alimentar o gado e em áreas separadas. Agora, ele consorcia com gado, braquiária e eucalipto. A cada entressafra de milho, o gado entra para pastar. O milho rendeu mais e agora sobra para vender. O eucalipto é mais uma fonte de renda e o produtor ainda ganha com a conservação do solo e da água.
Este ano, a Semana do Fazendeiro está oferecendo 240 cursos nas mais diferentes áreas, incluindo temas como legislação, medicina, nutrição, saúde e práticas pedagógicas. Os cursos são ministrados por professores, técnicos e estudantes da UFV e contam também com profissionais do Senar.
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