Uma pesquisa desenvolvida na UFV gerou tecnologias de aplicação de dois bioinsumos para melhorar a produção de alho, na região do Alto Paranaíba. Embora seja típica de regiões mais frias, o alho é importante para a economia de Minas Gerais, sobretudo para a região do Alto Paranaíba. O problema é que o clima tropical faz com que a planta prolongue a fase vegetativa, atrasando a formação do bulbo e continuando a emitir folhas. O autor do trabalho, Vinícius Nasser, explica que se trata de um problema fisiológico, que prejudica a qualidade do bulbo, com formatos que desagradam o mercado consumidor e com rachaduras que podem causar doenças nele. O tratamento é limitado ao manejo de irrigação no período de bulbificação, que ainda pode ser comprometido quando chove nessa época.
“Temos pesquisas que relatam que o uso de herbicidas pode reduzir essa anomalia, mas não há produtos registrados para este fim e é muito comum haver perdas de qualidade e produtividade da cultura”.
O trabalho do Vinícius é fruto da primeira tese defendida no Programa de Pós-Graduação Multicêntrico em Química de Minas Gerais (PPGMQ-MG), campus Rio Paranaíba. O PPGMQ foi criado em 2014, envolvendo oito instituições de ensino superior em Minas Gerais. Em 2016, a UFV passou a integrar o Programa com a participação de professores dos três campi.
Orientada pelo professor Geraldo Humberto Silva, Vinícius pesquisou o uso de bioinsumos para ajudar a resolver o problema. Esses produtos biológicos podem ser fabricados com materiais vegetais, animais ou microbianos. O pesquisador obteve excelentes resultados com dois bioinsumos já conhecidos, mas ainda não utilizados na cultura do alho. O primeiro é um metabólito produzido por fungos e leveduras. O produto mostrou-se capaz de melhorar o desenvolvimento das plantas na fase inicial da cultura, aumentando a produção e melhorando a qualidade de bulbos comercias. O segundo é obtido a partir do óleo essencial extraído de material vegetal, que reduziu significativamente a presença de superbrotamento nas plantas tratadas.
Vinícius esclarece ainda que, além de identificar os compostos promissores, os experimentos geraram formulações adequadas e manejo correto para uso na cultura do alho. Ainda segundo o pesquisador, o objetivo agora é pedir o registro de duas patentes pela formulação e indicação de uso correto. Por isso, a tese, aprovada no final de dezembro, ainda não será publicada.
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