Abate de suínos cresce 8%, mas criadores reclamam dos preços

O Brasil registrou o abate de 13,7 milhões de porcos no terceiro trimestre de 2021, o que representa um crescimento de 7,6% na comparação com o mesmo período do ano passado. Em relação ao segundo semestre de 2021, o aumento foi de 5,1%. Os dados são da Estatística da Produção Pecuária: Primeiros resultados, apresentada nesta semana pelo IBGE.

Pará de Minas, na região Centro-Oeste do estado, é um dos polos da suinocultura em Minas Gerais. De acordo com a Cooperativa dos Granjeiros do Oeste de Minas (Cogran), o crescimento do abate foi provocado por uma mudança no consumo. “O abate cresceu e continua crescendo e isso se deve ao aumento do consumo per capita de carne suína. Devido ao preço alto da carne bovina, as pessoas optaram pelo consumo da carne suína”, afirma Marco Aurélio de Faria, gerente de insumos da Cogran.

Apesar do crescimento do abate, os produtos reclamam da margem de lucro. “O granjeiro produziu mais, mas, por outro lado, o custo de produção está muito alto. O preço do milho e do farelo de soja, principais componentes da ração para engorda dos animais, teve um aumento de até 70% do ano passado pra cá. E com o alto custo de produção, muitos suinocultores estão trabalhando no vermelho”, alerta Marco Aurélio.

Frangos e bovinos

O levantamento do IBGE também mostra o volume de frangos e bovinos abatidos. No terceiro trimestre de 2021, foram abatidas 1,53 bilhões de cabeças de frango, uma alta de 1,2% na comparação com o mesmo período de 2020. Em relação ao segundo semestre deste ano, o crescimento foi de 0,6%.

Em relação aos bovinos, a pesquisa mostra que, no terceiro semestre de 2021, foram abatidas 6,91 milhões de cabeças de gado. Na comparação com o mesmo período de 2020, a redução foi de 11,1. Do segundo para o terceiro semestre de 2020, a queda foi de 2,4%.

Todos os resultados das Estatísticas da Produção Pecuária, incluindo os dados de cada estado, vão ser divulgados pelo IBGE no dia 8 de dezembro deste ano.