Esta semana, a Fundação João Pinheiro (FJP) divulgou a primeira estimativa do PIB do agronegócio de Minas Gerais para 2021: R$ 177,1 bilhões. Após estabilizar no patamar dos R$ 110 bilhões no triênio 2016-2018, o montante saltou para R$ 114,1 bilhões, em 2019, e R$ 150 bilhões, em 2020. No ano passado, a variação de volume produzido foi de -2,8%, compensada pela variação de 21,5% no nível geral de preços de todo o complexo produtivo.
Com variação negativa de -1,8% pelo terceiro ano consecutivo em 2019, o nível de preços agregado do agronegócio não compensou, no mesmo ano, o crescimento real de 4,9% da produção. Já em 2020, tanto a produção quanto os preços dos produtos primários evoluíram. O núcleo do complexo produtivo do agronegócio de Minas Gerais – agricultura, pecuária e produção florestal – foi afetado positivamente pelo aumento do volume da oferta e dos preços das principais commodities agropecuárias.
Para o secretário de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), Thales Fernandes, o desempenho demonstra que o setor agropecuário mineiro está evoluindo cada vez mais.
“Com o auxílio de novas tecnologias e atendendo a uma demanda crescente no mundo. A valorização das commodities agrícolas contribui para este resultado, assim como o aumento da produção. O resultado evidencia a importância e pujança do agronegócio, responsável por 22% do PIB estadual, para a economia de Minas Gerais”, finaliza.
O aumento da demanda por produtos alimentícios no mercado mundial e o crescimento das exportações – de 15,2%, no período 2019/2020, e de 12,5% entre 2020 e 2021 – transbordaram para os segmentos locais da agroindústria e dos serviços correlatos no Brasil e em Minas Gerais.
No setor de exportações, a agroindústria aumentou de US$ 3,1 para US$ 3,7 milhões o valor das exportações de 2020 para 2021. Já a agropecuária, de US$ 5,6 para US$ 6,7 milhões no mesmo período. No último ano, a participação do agronegócio nas exportações de Minas Gerais saltou de 27,8% para 33,2%.
“Podemos destacar a valorização das commodities, o aquecimento da demanda mundial, sobretudo de alimentos, a recuperação de importantes parceiros comerciais em 2021, como a China, Estados Unidos e alguns países da União Europeia, e a desvalorização do Real, que tornou as exportações mais baratas”, comentou a pesquisadora Maria Aparecida Sales, da FJP.
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