Imagem aérea registra prejuízo após geada. (Foto: Reprodução drone/Gilmar Garcia)
Foi aprovado pelo Conselho Deliberativo da Política do Café (CDPC) a criação de reserva no valor de R$ 1,32 bilhão no orçamento do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé) para cafeicultores que perderam lavoura(s) de café após geadas.
A medida já havia sido debatida no Comitê Técnico do conselho. Posteriormente, será encaminhado ao Ministério da Economia para ser submetido ao Conselho Monetário Nacional (CMN), em reunião extraordinária. Os recursos fazem parte dos R$ 5,9 bilhões aprovados para aplicação nas linhas de financiamento do Funcafé na safra 2021/2022.
Os agentes financeiros terão R$ 4,6 bilhões para as linhas de crédito de custeio, comercialização, capital de giro e aquisição de café.
De acordo com levantamento da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater), 19,1% da área de cafeicultura foi atingida com geadas. Dos 194 municípios consultados, 170 registraram a ocorrência de geadas atingindo as áreas cafeeiras. A maior concentração se dá na região Sul de Minas, seguida das regiões de Alto Paranaíba e Triângulo Mineiro.
A Unidade Regional com maior área atingida foi a de Alfenas, com 52,2 mil hectares, seguida por Patos de Minas, com 37,2 mil hectares. A Emater estima que dos 9,5 mil produtores rurais que tiveram suas lavouras de café atingidas pelas geadas, 86,9% estão concentrados nas Unidades Regionais que compõem a região Sul de Minas.
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