Agricultura

Argentina exporta 2,4 bilhões de dólares em outubro

Publicado por
Washington Bonifácio

A Câmara da Indústria do Petróleo da República Argentina (CIARA) e o Centro Exportador de Cereais (CEC), entidades que representam 48% das exportações argentinas, anunciaram no início desta semana que, durante o último mês de outubro, as empresas do setor ganharam US$ 2,4 bilhões com agro. Este é um marco histórico para o século no décimo mês do ano.

A receita cambial acumulada com as agroexportações nos primeiros 10 meses do ano atingiu US$ 28 bilhões. O valor de outubro é um recorde para o mês desde o início deste século e em toda a série histórica. Esse montante mensal reflete um aumento de 40,8% em relação a outubro do ano passado.

Da mesma forma, o faturamento do país, nos primeiros 10 meses do ano, reflete um aumento de 66,6% em relação ao mesmo período do ano passado e um recorde absoluto para o mesmo período, desde o início deste século.

De acordo com o Centro Exportador de Cereais, o fator predominante foi o crescimento sustentado dos preços internacionais, que compensou a menor quantidade medida em toneladas. Esse desempenho foi alcançado apesar dos ​​transtornos causados ​​pela calha do rio Paraná.

Grãos de sementes oleaginosas

O complexo de cereais e oleaginosas, incluindo o biodiesel e derivados, contribuiu com 48% das exportações totais da Argentina no ano passado, segundo dados do Instituto Nacional da Argentina (INDEC).

Principais produtos exportados em 2020:

  • Farelo de soja (14,2% do total)
  • Milho (11% do total)
  • Óleo de soja (6,9% do total)

De acordo com dados publicados pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), a Argentina deve manter o primeiro lugar nas exportações 2020/21 de óleo e farinha de soja.

Enquanto isso no Brasil imposto de  importação segue zerado até dezembro. (Foto: CNA)

Brasil e Argentina

O Brasil é um importante parceiro comercial da Argentina, principalmente quando o assunto é grão. Neste ano, a produção de milho brasileira foi prejudicada por causa da falta de chuvas. Essa commoditie, assim como as demais, precisa de clima ideal para o enchimento dos grãos e a chuva é um dos principais impulsionadores disso.

Com a falta de produto para atender a demanda interna, as aquisições externas deslancharam a medida em que o impacto da escassez do milho cresceu. Aí foi hora de fechar acordo com a Argentina, que teve boa produção e é um país vizinho.

O Brasil comprou 1,3 milhão de toneladas. Somente nos três primeiros dias úteis de setembro deste ano,  foram importadas 65,7 mil toneladas, segundo dados da Secretaria do Comércio Exterior (Secex). O governo também decidiu zerar as alíquotas de PIS-Importação e Cofins-Importação do milho até 31 de dezembro de 2021. O objetivo da medida é favorecer as importações de grão para abastecer setores como a agroindústria.

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