O Sindicato dos Auditores Fiscais Federais Agropecuários (ANFFA), divulgou uma nota informando o apoio de instituições do agronegócio à causa dos profissionais. Os affas, como são chamados os fiscais, reivindicam a contratação de pessoal e reajuste salarial. Os servidores atuam no combate a crimes contra o agronegócio, porém, segundo o órgão os profissionais vêm trabalhando com déficit de 1.620 affas o que sobrecarrega a classe, segundo o sindicato.
“Esperamos que, com o apoio das entidades representativas do setor produtivo, consigamos ter a agricultura e a pecuária valorizadas e, assim, certamente este momento difícil para todos será superado”, avalia o presidente do Anffa, Janus Pablo.
Na nota, o Sindicato lembra que em 2000 eram 4.040 Affas em atividade, quando o valor bruto da produção agropecuária (VBPA) não alcançava R$ 500 milhões. Hoje, são pouco mais que 2.530 affas, com VBPA estimado em R$ 1,16 trilhão, em 2022. Ou seja, aumentou o serviço e a mão de obra foi reduzida.
O órgão reforçou ainda que nesse período de mobilização os profissionais atuarão obedecendo estritamente as leis que regem o serviço público, garantindo a segurança alimentar da população.
Grandes associações do setor produtivo apoiam a reestruturação da carreira auditores fiscais federais agropecuários. Juntas, a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (ABIEC), Associação Brasileira de Frigoríficos (ABRAFRIGO) e o Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé) representam um mercado de cerca de 26 bi/ano em exportações. As entidades, por meio de ofícios afirmam que vão atuar em conjunto com o ANNFA Sindical em favor do pleito dos affas junto ao governo federal. Em 2021, a ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento já havia enviado ao ministro da Economia, Paulo Guedes, um pedido de atenção à mobilização dos auditores.
O ANFFA afirma que a carreira está priorizando as atividades que podem afetar diretamente o cidadão, como a liberação de cargas vivas, a fiscalização de bagagens de passageiros e de animais de companhia (pets). O movimento pela reestruturação da carreira também não atinge produtos perecíveis e o diagnóstico de doenças e pragas, evitando comprometer programas de erradicação e controle de doenças importantes para o Brasil, à exemplo da Febre Aftosa, à Peste Suína Africana (PSA) e de pragas que poderiam colocar em risco políticas sanitárias do setor agropecuário.
O Portal Uai Agro entrou em contato com a Casa Civil, por meio da Assessoria de Comunicação, porém, até o fechamento desta reportagem ainda não havia obtido resposta do governo com relação à reestruturação da carreira dos affas.
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