O banco comunitário Lagoa Verde foi inaugurado em Dionísio (MG) para beneficiar famílias do distrito de Baixa Verde e fortalecer a economia local. A instituição, localizada na rua Benedito Mendes, tem como objetivo promover o empreendedorismo por meio da oferta do microcrédito solidário e da Moeda Social.
A iniciativa é da Fundação Renova, que já iniciou a implantação de bancos comunitários em Belo Oriente, no distrito de Cachoeira Escura, e no município de Itueta.
Esses bancos têm como objetivo promover o desenvolvimento comunitário a partir da geração de trabalho e renda à população, impulsionada pelas oportunidades geradas a partir do acesso a crédito em condições bem melhores do que em bancos tradicionais.
Por meio da Moeda Social, com circulação restrita à comunidade, o banco também incentiva o consumo local, o que valoriza os empreendimentos já existentes e estimula a criação de novos negócios, de acordo com os interesses, habilidades e necessidades da população.
Os moradores participam ativamente da gestão do banco, definindo os tipos de linhas de crédito a serem concedidas, as taxas de juros, os prazos para pagamento e até mesmo o nome da instituição. O banco Lagoa Verde, por exemplo, recebeu esse nome em homenagem à lagoa que é ponto turístico do distrito Baixa Verde, em Dionísio.
O banco ofertará Crédito Produtivo, para apoiar os empreendedores e incentivar a criação de novos negócios; Crédito Habitacional, destinado a Pequenas Reformas, a fim de possibilitar maior dignidade às pessoas, que podem usar o crédito para melhorias em suas casas; Crédito de Consumo, voltado à população de baixa renda; e Crédito Saúde, destinado às pessoas que precisam realizar algum procedimento médico.
“Se uma família quiser reformar um quarto para receber um bebê ou fazer alguma pequena obra de melhoria da acessibilidade para uma pessoa idosa, pode recorrer ao Crédito Habitacional, por exemplo. O Crédito de Consumo visa atender necessidades imediatas das famílias, como comprar alimentos, gás, material escolar. E ainda conseguimos incluir, a pedido da comunidade de Baixa Verde, o Crédito Saúde”, explica o analista de Economia e Inovação da Fundação Renova, André Mapa.
Pelo projeto, foram contratadas duas agentes de desenvolvimento local, responsáveis pelo atendimento à população e por operacionalizar a concessão de crédito. Obrigatoriamente, essas pessoas devem ser moradoras da comunidade e pessoas de confiança da população local.
Com transparência, a comunidade acompanhará de forma constante a execução dos recursos destinados à iniciativa e poderá usufruir das linhas de crédito.
Outro aspecto importante para o projeto é a existência da Moeda Social. Trata-se de uma moeda criada para circular exclusivamente dentro de cada comunidade. A ideia é reter o recurso no local para que ele se torne mais competitivo e, assim, estimule uma cultura empreendedora entre a população.
“O interessante é que o projeto não é um fim em si mesmo, mas uma iniciativa que incentiva outras atividades econômicas por criar melhores condições para que a população possa empreender e gerar renda, tanto pelo acesso facilitado a crédito, a juros muito mais baixos do que em bancos tradicionais, quanto pelo estímulo ao consumo a partir do uso da Moeda Social”, afirma André Mapa.
Com duração total prevista de 33 meses, o projeto está orçado em R$ 3 milhões. Além dos três bancos em Minas Gerais, também receberão investimentos os distritos de Regência e Povoação, no município de Linhares, no Espírito Santo.Para os fundos de crédito, que serão geridos pelas próprias comunidades, serão disponibilizados R$ 900 mil para as cinco localidades atendidas (R$ 180 mil por banco/comunidade). Outra parte do orçamento será destinada a infraestrutura dos bancos e recursos humanos.
A previsão é que os bancos sejam inaugurados ao longo do segundo semestre deste ano. Cada banco receberá assistência direta para sua constituição e funcionamento durante 24 meses, além de serem vinculados à Rede Brasileira de Bancos Comunitários.
“Historicamente, cada real concedido pelo banco comunitário, na forma de Moeda Social, recircula pelo menos cinco vezes dentro da comunidade. Isso estimula o empreendedorismo e aquece a economia local”, diz André Mapa.
A Fundação Renova é uma entidade de direito privado, sem fins lucrativos, constituída com o exclusivo propósito de gerir e executar os programas e ações de reparação e compensação dos danos causados pelo rompimento da barragem de Fundão.
A Fundação foi instituída por meio de um Termo de Transação e de Ajustamento de Conduta (TTAC), assinado entre Samarco, suas acionistas Vale e BHP, os governos federal e dos estados de Minas Gerais e do Espírito Santo, além de uma série de autarquias, fundações e institutos (como Ibama, Instituto Chico Mendes, Agência Nacional de Águas, Instituto Estadual de Florestas, Funai, Secretarias de Meio Ambiente, dentre outros), em março de 2016.
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