A empresa BP Bunge Bioenergia, uma das maiores processadoras de cana-de-açúcar do Brasil, vem desenvolvendo soluções sustentáveis de gestão do campo, com foco em qualidade e produtividade dos canaviais. Entre as iniciativas, um dos destaques é para a área de plantio com um amplo projeto de substituição de fertilizante mineral até 2025. A ideia é garantir uma operação cada vez mais sustentável.
A empresa ampliou o uso de bioinsumos a partir de bactérias e de matéria orgânica. As soluções, resultado de investimentos em pesquisa, inteligência e tecnologia, permitirão enriquecer o solo com nutrientes essenciais, eliminando a necessidade de utilização de fertilizantes químicos, dentre eles os do grupo NPK (Nitrogênio, Fósforo e Potássio).
Nesta safra, por exemplo, a empresa já conseguiu substituir em 100% da sua área de plantio (cerca de 50 mil hectares) o uso de fertilizantes nitrogenados. Para isso, expandiu o uso da bactéria Nitrospirillum amazonense. Solução desenvolvida pela Embrapa, a bactéria atua na fixação de nitrogênio, promovendo o crescimento e desenvolvimento da planta, o que resulta na ampliação da produtividade nas lavouras.
Já para as áreas de soqueira, a companhia utiliza em 100% de sua extensão a bactéria Azospirillum brasilense, e que já gerou redução de 50% das doses de nitrogênio. Além disso, a equipe de desenvolvimento agronômico trabalha em diversos campos experimentais com foco no desenvolvimento de outras cepas mais eficientes, que, atreladas ao avanço da utilização da vinhaça, tragam mais opções para otimizar a aplicação de fertilizantes.
Em outra frente, está a redução dos fertilizantes minerais a partir do melhor aproveitamento do material orgânico derivado do processamento industrial. Uma delas é a vinhaça, subproduto rico em potássio (que também fornece parte do nitrogênio), que retorna ao campo como nutriente para a cana-de-açúcar. Neste ano-safra, a aplicação do resíduo já está em cerca de 80% das lavouras dos 300 mil hectares próprios da BP Bunge. Até 2025, essa utilização deverá chegar a 96% dos canaviais.
“Os resultados coletados, com a substituição do fertilizante mineral, demonstram incremento de produtividade do canavial na casa de 3 a 10 toneladas por hectare, além de aumentar a longevidade por dois anos e reduzir em até 80% a quantidade de cloreto de potássio adquirido no mercado”, explica Rogério Bremm, diretor Agrícola da BP Bunge Bioenergia.
Também na safra 2022/2023, a empresa iniciou a padronização dos pátios de compostagem para mistura de torta de filtro (proveniente da filtração do caldo da cana) e das cinzas do bagaço (proveniente da queima para geração de bioenergia). Em três anos, o objetivo é produzir fertilizantes organominerais a partir dessas matérias orgânicas e eliminar o uso de fertilizantes minerais (fósforo e potássio).
Até o fim deste ano, sete unidades do grupo passarão a contar com equipamentos para enriquecimento, tais como compostador, carreta e tanque que funcionam como dosadores para enriquecimento da compostagem. Por meio desse equipamento, é feita a mistura da torta de filtro com as cinzas. Durante esse processo, ocorre também o equilíbrio de nutrientes, dando origem a um composto 35% úmido e com textura farelada.
Para racionalizar ao máximo o uso desses subprodutos, nas usinas nas quais a filtragem do caldo de cana-de-açúcar é feita por difusores, que geram como subproduto mais cinzas do que torta de filtro, ao processo de compostagem são adicionados esterco de gado e frango, adquiridos junto a fornecedores diversos.
“O uso sustentável da cana-de-açúcar, principalmente a partir de seus subprodutos, favorece uma agricultura cada vez mais limpa e regenerativa. Nesse sentido, a BP Bunge Bioenergia está assumindo o protagonismo com práticas em larga escala”, ressalta Rogério Bremm.
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