O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) divulgou um comunicado neste fim de semana confirmando dois casos do chamado “mal da vaca louca” em frigoríficos de Minas Gerais e do Mato Grosso. Como protocolo, as exportações de carne bovina para a China foram suspensas preventivamente até que as autoridades chinesas concluam a avaliação das informações repassadas pelo Brasil. Segundo o MAPA, os dois casos confirmados são “atípicos” e não geram riscos para o consumo de carne.
Na semana passada o governador Romeu Zema demonstrou preocupação ao falar sobre a investigação de um caso da doença em Minas Gerais. O animal doente estava em um frigorífico de Belo Horizonte e já havia sido sacrificado para descarte enquanto aguardava-se o resultado do exame feito em um laboratório da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) no Canadá. De acordo com o MAPA, na sexta-feira o Brasil recebeu a confirmação do teste. Também foi confirmado um outro caso do “mal da vaca louca” em um frigorífico de Mato Grosso. Segundo o Ministério, os dois casos são “atípicos” e foram detectados durante a inspeção ante-mortem de animais que seriam descartados. Por questões de sigilo comercial, o nome dos frigoríficos onde as vacas estavam não foi divulgado.
Especialistas explicam que os casos “atípicos” acontecem quando a doença é desenvolvida pelo próprio organismo do gado, geralmente mais velho, não havendo transmissão entre os animais, não havendo risco para o comércio de carne. Apesar disso, a incerteza quanto ao consumo levou a Bolsa de Valores de São Paulo a interromper o comércio internacional do Boi Gordo na semana passada. Agora, com a confirmação dos dois casos, analistas temem por mais reflexos no mercado.
A Encefalopatia Espongiforme Bovina, conhecida popularmente como “mal da vaca louca”, é uma doença que atinge o sistema nervoso do animal podendo levá-lo à morte. Pode ser transmitida ao ser humano a partir do consumo de carne e sub-produtos do animal infectado. Apesar das confirmação dos dois casos, o MAPA afirma que o Brasil continua a ser um país com “risco insignificante” para a doença e espera que não haja impactos para o comércio. A expectativa é que as exportações para a China, suspensas desde ontem (sábado), sejam retomadas em breve.
Estes são o quarto e quinto casos de EEB atípica registrados em mais de 23 anos de vigilância para a doença. O Brasil nunca registrou a ocorrência de caso de EEB clássica. A EEB atípica ocorre de maneira espontânea e esporádica e não está relacionada à ingestão de alimentos contaminados. Todas as ações sanitárias de mitigação de risco foram concluídas antes mesmo da emissão do resultado final pelo laboratório de referência da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), em Alberta, no Canadá. Portanto, não há risco para a saúde humana e animal.
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