Cafeicultura sustentável quer chamar atenção do mercado externo

O consumidor de café hoje em dia deseja saber como funciona o processo de produção, as práticas agrícolas adotadas, as histórias do grão e, se o produtor se preocupa com sustentabilidade. Entre as pautas do setor, aborda-se constantemente a chamada cafeicultura de carbono neutro, foco do Comitê de Responsabilidade Social e Sustentabilidade (RSS) do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé).

Nas áreas de produção de café arábica em Minas Gerais, como no Sul de Minas, o “Projeto Carbono” tem o objetivo de mensurar o balanço líquido das emissões de gases de efeito estufa. Silvia Pizzol, gestora de sustentabilidade do Cecafé, explica que o foco da pesquisa não é estimular uma competição entre as áreas de produção, mas mostrar a evolução de uma cafeicultura mais sustentável na principal área de produção de café arábica do mundo.

“A mensagem principal que o projeto quer passar é a evolução conjunta das regiões em prol de uma cafeicultura mais sustentável. O objetivo é compor uma média das emissões no principal estado produtor de café do Brasil”, disse.

Para a quantificação do estoque de carbono, amostras de solos e cafeeiros foram extraídas dos pares de propriedades rurais. O Cecafé informou que a análise laboratorial dessas amostras irá permitir quantificar e comparar a contribuição dos diferentes sistemas produtivos característicos da cafeicultura mineira para o sequestro de carbono da atmosfera e a consequente mitigação das mudanças climáticas.

O objetivo do conselho é apresentar para os principais clientes, assim como para quem está no campo, a importância das boas práticas na cafeicultura.