Ao se degradarem com outros tipos de materiais como lixo eletrônico, por exemplo, há a produção de chorume que provoca a contaminação (Foto: PJF).
O reaproveitamento de resíduos verdes do Parque Municipal de Juiz de Fora tem contribuído para a realização de compostagem. O resultado de podas de grama e árvores, além de folhas e galhos, que antes eram descartados com o lixo no Centro de Tratamento de Resíduos de Juiz de Fora (CTR), mais conhecido como Aterro Sanitário, estão sendo tratados para a geração de composto orgânico.
Ao serem descartados no aterro sanitário, juntamente com outros resíduos, os materiais orgânicos podem causar diversos problemas como atrair animais vetores de doenças que ameaçam à saúde pública, desestabilizar os taludes aumentando risco de acidentes e geração de gases de efeito estufa (gás metano e gás carbono). Além disso, ao se degradarem com outros tipos de materiais como lixo eletrônico, por exemplo, há a produção de chorume que provoca a contaminação dos solos e corpos d’água.
Inicialmente, o material está sendo usado para adubar mudas de reflorestamento no próprio parque e em uma horta do CTR, que é de uso próprio dos funcionários. De acordo com a engenheira ambiental e assessora do Demlurb, Victória Abrahão, “a intenção é incentivar o descarte correto de resíduos orgânicos no município, com o objetivo de tornar o meio urbano mais sustentável”. A engenheira explicou ainda que “o produto da compostagem é o composto orgânico, rico em nutrientes e utilizado para fertilização do solo, além de facilitar que o mesmo retenha mais água e evite erosão provocada por chuva”.
Segundo a Política Pública de Reciclagem de Resíduos Sólidos Orgânicos em Juiz de Fora, os resíduos orgânicos representam 43% do lixo gerado em residências da cidade. São eles sobras de frutas; legumes; alimentos em geral; podas de jardim; trapos de tecido; serragem. Ainda segundo o documento, o tratamento correto dos resíduos orgânicos traz benefícios para o meio ambiente e saúde pública de maneira geral. Isso porque, quando não tratado estes restos atraem animais vetores de doença, produz chorume – que contamina o solo e os corpos d’água.
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