Consórcio: Valadares quer parceria comercial entre cidades

Plantar e colher não é problema para quem vive no campo. A grande dificuldade dos agricultores é escoar a mercadoria. Competir no mercado não é uma tarefa fácil. Pensando nisso, Governador Valadares, no Leste de Minas, quer dar um grande passo: criar um consórcio entre municípios para ampliar o mercado de oportunidades.

Na semana passada, a Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Agricultura e Abastecimento (SEMA) reuniu representantes de várias cidades da região para apresentar o Serviço de Inspeção Municipal (SIM).

“A integração comercial e de serviços públicos aproxima os municípios. Um SIM vinculado ao consórcio público oportuniza novas dinâmicas para a economia regional, como é o caso das feiras e das agroindústrias. A integração regional da cadeia produtiva, a distribuição e a comercialização de produtos agropecuários fortalecem o desenvolvimento territorial, pois o dinheiro circula na região”, orienta o secretário da SEMA, Ivan Fialho.

Municípios interessados

O evento contou com as presenças do Prefeito de Aimorés, Marcelo Fubá; do vice-prefeito de Ipatinga, Alexsandro de Oliveira; demais autoridades e técnicos dos municípios de Dom Cavati, Coronel Fabriciano, Conselheiro Pena, Aimorés, São Geraldo da Piedade, Engenheiro Caldas, São Félix de Minas e Alvarenga.

Caso os municípios se associem ao consórcio, cada um deverá ter o próprio Serviço de Inspeção Municipal (SIM). Gabriel Soalheiro, representante do Consórcio Intermunicipal para o Desenvolvimento Sustentável do Médio Rio Doce (Cimdoce), participou do evento de forma remota e explicou o ter o SIM é um critério para que haja a admissão de novos parceiros no consórcio.

“O Serviço de Inspeção Municipal (SIM) controla a qualidade dos produtos de origem animal, como carnes, ovos, leite, mel e seus derivados. Ou seja, os produtos que forem elaborados com o devido cuidado higiênico e sanitário, serão certificados, recebendo o selo SIM”, disse Soalheiro.

Além da instituição do SIM em cada município participante do consórcio, é preciso que o grupo receba uma validação do Ministério da Agricultura (MAPA) para atuar na fiscalização e continuar a comércio integrado entre os municípios.

“Caso o consórcio não consiga a adesão ao SISBI-POA nos três anos regulamentados, os estabelecimentos registrados perderão a prerrogativa de poder executar o comércio regional. Consequentemente, os produtos inspecionados voltam a ser comercializados apenas no território de cada município, onde o estabelecimento esteja localizado”, alerta o secretário da Sema, Ivan Fialho.