O La Niña acontece nas águas, mas interfere na vida de quem depende da terra. São vários elementos interligados que reagem a qualquer ação da natureza. Quando a temperatura do Oceano Pacífico abaixa, fora da variação normal entre 25ºC e 27,5ºC, tem-se o fenômeno La Niña. É o momento em que as águas frias e profundas são trazidas à superfície. Tal transformação é capaz de modificar uma série de outros fenômenos, como a distribuição de calor, concentração de chuvas e a seca.
Na América Latina, o La Niña diminui a quantidade de chuvas do litoral do Chile, Peru e Equador, pois com o aumento da velocidade dos ventos alísios, a formação de nuvens dispersa em direção à Oceania e Indonésia. O movimento tem outro efeito na Austrália, por exemplo, onde essa mudança leva chuva.
No Brasil, o professor Alexandre Sylvio explica que o La Niña provoca estiagem nas regiões Centro-Oeste, Sudeste e principalmente Sul.
Veja o movimento dos ventos alísios:
Geralmente o fenômeno La Niña ocorre em intervalos de 2 a 7 anos, com duração de 9 a 12 meses. O período de pico do La Niña aqui no Brasil poderá acontecer justamente no momento em que os grãos estarão se enchendo e desenvolvendo, entre novembro e dezembro. Por isso, existe grande preocupação com a safra 2022.
O consultor do Uai Agro Dr. Alexandre Sylvio, professor da Universidade dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri, mandou um vídeo explicativo sobre o fenômeno La Niña.
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