A corrente de comércio (soma de exportações e importações) brasileira cresceu 28% e fechou a terceira semana de janeiro em US$ 28,91 bilhões. Os dados divulgados, no início desta semana, pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério da Economia mostram que as exportações cresceram 28,4% pela média diária, em relação a janeiro de 2021, e somaram US$ 14,39 bilhões, enquanto as importações subiram 27,6% e totalizaram US$ 14,51 bilhões. Assim, a balança comercial fechou a terceira semana com déficit de US$ 117 milhões no acumulado do mês.
O saldo acumulado refletiu o desempenho da balança na terceira semana, quando houve déficit de US$ 877 milhões, resultado de exportações no valor de US$ 4,503 bilhões e importações de US$ 5,38 bilhões. A corrente de comércio foi de US$ 9,883 bilhões.
Veja os principais resultados da balança
O desempenho das exportações no mês, até a terceira semana, foi puxado pelo crescimento de 93% das vendas da Agropecuária, que somaram US$ 2,35 bilhões. Já na Indústria Extrativa, houve recuo de 14,2%, ficando em US$ 3,05 bilhões, enquanto a Indústria de Transformação também registrou aumento nas vendas, subindo 39,9% e atingindo US$ 8,93 bilhões.
Na Agropecuária, os principais destaques foram o crescimento das vendas de milho não moído, exceto milho doce (+24,4%), café não torrado (+38,5%) e soja (+4.896,7%).
A Indústria Extrativa teve aumento das vendas de outros minerais em bruto (+11,5%), minérios de alumínio e seus concentrados (+34,6%) e óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos, crus (+32,6%). Diminuíram, porém, as vendas de minério de ferro e seus concentrados (-35,6%), minérios de cobre e seus concentrados (-72,3%) e minérios de níquel e seus concentrados (-100%).
Do lado da Indústria de Transformação, cresceram principalmente as exportações de carne bovina fresca, refrigerada ou congelada (+52,8%), óleos combustíveis de petróleo ou de minerais betuminosos, exceto óleos brutos (+94%) e produtos semiacabados, lingotes e outras formas primárias de ferro ou aço (+175,5%).
Nas importações, a Secex registrou queda de 16,7% nas compras de produtos de Agropecuária, que somaram US$ 259,35 milhões até a terceira semana do mês. Já na Indústria Extrativa as importações cresceram 384,2%, chegando a US$ 1,98 bilhão, enquanto a Indústria de Transformação aumentou as compras em 15,3%, alcançando US$ 11,96 bilhões.
O crescimento nas importações foi influenciado pela ampliação das compras de pescado inteiro vivo, morto ou refrigerado (+50,8%), látex, borracha natural, balata, guta-percha, guaiúle, chicle e gomas naturais (+52,9%) e algodão em bruto (+807,4%) na Agropecuária. A média do setor foi influenciada, no entanto, pelo recuo das compras de trigo e centeio, não moídos (-24,2%), frutas e nozes não oleaginosas, frescas ou secas (-45,4%) e soja (-88,8%).
Na Indústria Extrativa, o crescimento das importações refletiu principalmente as compras de carvão, mesmo em pó, mas não aglomerado (+407,3%), óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos, crus (+300,2%) e gás natural, liquefeito ou não (+668,8%).
Já na Indústria de Transformação, destacaram-se as altas nas compras de óleos combustíveis de petróleo ou de minerais betuminosos, exceto óleos brutos (+69,9%), medicamentos e produtos farmacêuticos, exceto veterinários (+82%) e adubos ou fertilizantes químicos, exceto fertilizantes brutos (+54,3%).
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