Não está fácil a situação de quem produz leite, em Minas Gerais. De acordo com o boletim Campo Futuro, da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e do Cepea, entre janeiro e junho de 2021, o COE (o Custo Operacional Efetivo) da atividade leiteira subiu 11,5%.
As consultorias registraram aumentos com ração, mão de obra, medicamentos, manutenção de máquinas e equipamentos, entre outros itens necessários no setor. Porém o insumo que mais tem pesado no bolso do produtor é a ração concentrada que, segundo o Cepea, valorizou cerca de 11%, na média Brasil, no primeiro semestre de 2021.
A alta do concentrado é resultado das altas cotações da soja e do milho. Nos últimos 12 meses, a oleaginosa se valorizou 35% e o milho teve uma alta de quase 86%. Os valores que impressionam o presidente da Federação das Cooperativas Agropecuárias de Leite de Minas Gerais (Fecoagro), Vasco Praça Filho.
Ainda segundo o presidente da Fecoagro, diante deste cenário, é importante que haja um bom planejamento alimentar do rebanho.
Os consultores alertam que é preciso ter, na ponta da caneta, todos os dados da produção para minimizar os prejuízos, nesse período de altos preços dos insumos. A Emater orienta que uma boa iniciativa é manter, no mínimo, entre 40 a 45% de vacas do rebanho em lactação, pois elas seguram as despesas com o restante dos animais. Outra proposta é ter apenas os animais que gerem retorno e vender os de alto custo.
A pecuária tem uma grande importância econômica em Minas Gerais. Segundo o presidente da Emater, Otávio Maia, a atividade é uma das mais geram empregos no estado.
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