Pecuária

Custo de produção aperta produtores de leite em Minas

Publicado por
Washington Bonifácio

Não está fácil a situação de quem produz leite, em Minas Gerais. De acordo com o boletim Campo Futuro, da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e do Cepea, entre janeiro e junho de 2021, o COE (o Custo Operacional Efetivo) da atividade leiteira subiu 11,5%.

As consultorias registraram  aumentos com ração, mão de obra, medicamentos, manutenção de máquinas e equipamentos, entre outros itens necessários no setor. Porém o insumo que mais tem pesado no bolso do produtor é a ração concentrada que, segundo o Cepea, valorizou cerca de 11%, na média Brasil, no primeiro semestre de 2021.

Nos últimos 12 meses a soja valorizou 35% e o milho teve uma alta de quase 86%. (Foto: Emater)

A alta do concentrado é resultado das altas cotações da soja e do milho. Nos últimos 12 meses, a oleaginosa se valorizou 35% e o milho teve uma alta de quase 86%. Os valores que impressionam o presidente da Federação das Cooperativas Agropecuárias de Leite de Minas Gerais (Fecoagro), Vasco Praça Filho.

“Nós vimos esse ano, o milho a R$92, a soja a R$155 e a silagem a R$183 a tonelada. O adubo está custando cerca de R$190, o dobro do ano passado. Já a ureia passou de R$98 para R$200, então todos esses custos preocupam muito o produtor”, afirmou Vasco durante live da Emater.

Ainda segundo o presidente da Fecoagro, diante deste cenário, é importante que haja um bom planejamento alimentar do rebanho.

“Às vezes, o produtor começa a achar caro e não faz a silagem. Daí acaba gastando um volume maior de concentrado. E é um grande erro. Um quilo de ração hoje é R$2,50 a R$2,70 e se uma vaca comer dez quilos, ela custa R$27 por dia. O quilo da silagem, com um valor de R$280 por tonelada, é R$0,28, então a diferença é muito grande”, calcula o pecuarista.

Altas cotações do milho e da soja castigam produtores de leite, em Minas Gerais. (Stochi/ MAPA)

Os consultores alertam que é preciso ter, na ponta da caneta, todos os dados da produção para minimizar os prejuízos, nesse período de altos preços dos insumos.  A Emater orienta que uma boa iniciativa é manter, no mínimo, entre 40 a 45% de vacas do rebanho em lactação, pois elas seguram as despesas com o restante dos animais. Outra proposta é ter apenas os animais que gerem retorno e vender os de alto custo.

Pecuária Mineira

A pecuária tem uma grande importância econômica em Minas Gerais. Segundo o presidente da Emater, Otávio Maia, a atividade é uma das mais geram empregos no estado.

“O estado tem quase 360 mil propriedades rurais envolvidas na cadeia da bovinocultura. São 22 bilhões de cabeças de gado, sendo 3,1 bilhões de vacas ordenhadas, o que mostra a envergadura do sistema”,

 

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