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Embarque de carga geral surge como opção para a falta de contêineres

Cooxupé, maior cooperativa de café arábica do mundo, embarcou mais de 100 mil sacas para a Europa em dezembro

(Foto: Reprodução/Portos e Navios)
Guto Moreira
1 de janeiro de 2022
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O Eagle, uma embarcação de carga geral, que não usa contêineres, saiu da Indonésia, passou pelo Mediterrâneo e chegou aos Estados Unidos, onde as torrefadoras não veem a hora de receber matéria-prima. Essa é uma das primeiras remessas marítimas de café, sem contêineres, em mais de 20 anos.

O Eagle poderá permitir a produtores, torrefadores e comercializadores driblarem a falta de contêineres pelo mundo. A retomada das economias no mundo durante a pandemia e a aceleração das compras na internet criaram uma disputa pelos fretes. Isso encareceu os contêineres para o transporte de café e, na pior das hipóteses, os tornou indisponíveis.

Sul de MG: Cooperativa embarca sacas em navio fretado

A Cooxupé (Cooperativa Regional de Cafeicultores em Guaxupé), maior cooperativa de café arábica do mundo, embarcou 108 mil sacas para a Europa em um navio fretado por um cliente neste mês, segundo a direção. Em janeiro, a cooperativa irá enviar mais dois carregamentos de sacas de café sem contêineres.

Normalmente, o café é despejado a granel em contêineres especiais ou as sacas são empilhadas dentro dos contêineres para facilitar o transporte marítimo e ferroviário. A Cooxupé esperava levar dois dias para carregar as sacas em seu primeiro navio de carga geral, mas demorou mais de cinco, porque a operação foi interrompida pela chuva.

O que se sabe é que integrantes do mercado já vêm falando na modalidade de carga geral como uma forma de aliviar os gargalos, que têm feito o café se acumular no Vietnã, maior produtor mundial da variedade robusta.

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