“O que a gente se pergunta é: por que não comprar produtos de agricultura familiar regional? Uma lista de produtores locais e de ingredientes variados é uma joia para qualquer cozinha”, ressaltou o sócio-proprietário do restaurante Reza Forte, Pedro Fellet, que, a partir da rodada de negócios realizada em março deste ano, aumentou a cartela de fornecedores da agricultura familiar.
O restaurante, bicampeão do “Comida di Buteco” de 2022 em Juiz de Fora, com o prato “Uaicarajé”, trabalha com uma estimativa de 55% de insumos provenientes de produtores regionais, de base agroflorestal e/ou da reforma agrária. “No prato que nos trouxe o bicampeonato vão vários ingredientes de parceiros locais ou de produtores de regiões próximas: a salsinha, a cebolinha e o coentro vêm do produtor Murilo, de Vila Almeida, Juiz de Fora. Os ovos, usados na massa, vêm do sítio Maria Marta, em Tebas, distrito de Leopoldina. Parte do ora-pro-nobis é do assentamento Denis Gonçalves, cultivado pelos nossos parceiros do Movimento Sem Terra (MST), bem como o limão-capeta que usamos no molho lambão. O quiabo do mesmo molho, vem do vale do café, em Paraíba do Sul. O queijo curado que vai no bolinho de milho vem do Sul de Minas e agora estamos substituindo por queijo da montanha, do produtor Paulo Bittar, de Lima Duarte”.
Além dos ingredientes utilizados no prato campeão, o Reza Forte também adquire laticínios do produtor Gilmar Pandeló, e de produtos orgânicos da produtora Salete Hallack, participantes da primeira rodada de negócios. A empreendedora do ramo de eventos, Ana Cristina Costa, utiliza 20% da matéria-prima da agricultura familiar da região nos pratos. Esses insumos estão presentes desde a entrada até a sobremesa. “Sempre destaco aos meus clientes nos eventos que os produtos são da nossa região e feitos com muita dedicação, responsabilidade e cuidado pelos produtores locais. A compra da agricultura familiar produz o efeito de reforçar as relações sociais e econômicas com os produtores que cultivam produtos com uma forte relação de cuidado e amor pelos alimentos que entregam”. A Ana Cristina também esteve no evento promovido pela PJF, e firmou parceria com as produtoras Nathalie de Souza e Salete Hallack.
De acordo com Fellet, “o contato direto com o produtor permite acesso a insumos mais frescos e de melhor qualidade, o que é a essência mais fundamental para o desenvolvimento de uma boa cozinha. Produto fresco e sob demanda não passa muito tempo armazenado, aumentando a qualidade final”.
Café é líder das exportações do agronegócio mineiro Ler Mais
Como estão os números da colheita de café, segundo consultoria Ler Mais
Engenheiro agrônomo, ex-ministro e pioneiro no agronegócio: velório de Alysson Paolinelli acontece nesta sexta-feira, em… Ler Mais
Conheça o campeão do concurso que elegeu o melhor barista do mundo Ler Mais
Houve registro de queda nas exportações Ler Mais
Varejo registra aumento das vendas de café no Brasil, acompanhe como foram as altas Ler Mais