Em meio à maior crise hídrica em quase 100 anos, vários reservatórios de hidrelétricas do país estão com nível bem abaixo do normal, colocando em risco a produção de energia elétrica. Diante disso, o Ministério de Minas e Energia publicou uma consulta pública para analisar a oferta adicional de energia proveniente da bioeletricidade, produzida a partir da queima do bagaço e da palha da cana de açúcar.
A produção de energia elétrica a partir da biomassa de cana é considera limpa, isenta de gases do efeito estufa, além de ser renovável. A medida analisada pelo Ministério é importante para o meio ambiente e para a geração de novas receitas para o setor sucroenergético, sendo vista como uma alternativa para ajudar o país a atravessar o período de seca.
O objetivo da portaria divulgada pelo Ministério de Minas e energia é complementar o suprimento do Sistema Interligado Nacional (SIN), diversificando a matriz elétrica nacional, além de mantê-la limpa. A oferta adicional de energia disponibilizada pelas usinas produtores da bioeletricidade será utilizada pelo Operador Nacional do Sistema (ONS) como recurso extra para atender às demandas de consumo.
As ofertas adicionais podem ocorrer por período mensal, até o limite de seis meses. “Será uma forma de a biomassa poder ajudar, ainda mais do que ajuda, com este momento crítico de escassez hídrica, com uma energia renovável e sustentável para a sociedade civil”, destaca o gerente de Bioeletricidade da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), Zilmar Souza.
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