Os carrapatos comuns em rebanhos bovinos (Rhipicephalus microplus) causam muitos prejuízos. Os animais podem perder peso, ter queda na fertilidade e diminuir a produção leiteira. Além disso, os pecuaristas tem custos elevados com mão de obra, equipamentos, serviços e produtos para tentar controlar a praga.
Outro problema enfrentado pelos pecuaristas são as falhas na utilização de métodos de controle dos carrapatos, o que acelera o desenvolvimento de resistência aos carrapaticidas. “A situação atual é preocupante, pois os institutos de pesquisa e as indústrias não desenvolvem novos princípios ativos na mesma velocidade em que os carrapatos adquirem resistência. Esse processo é lento. A falta de perspectiva de desenvolvimento de novos princípios ativos, em curto prazo, é um fato e indica que os produtores terão que trabalhar com os grupos disponíveis no mercado ainda por um bom tempo”, enfatiza Daniel Rodrigues, pesquisador da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais, Epamig.
Segundo especialistas, para tornar mais eficaz o controle dos carrapatos e evitar que o desenvolvimento de resistência aos produtos, é importante a realização do biocarrapaticidograma, ou “teste carrapaticida”. Os exames devem ser feitos uma vez por ano, para monitorar o rebanho e planejar medidas preventivas, quando necessário. “Os testes devem ser realizados antes que se esgotem as opções de tratamentos químicos disponíveis. Simultaneamente, alternativas de controle, como a seleção de animais resistentes e o descanso de pastagens, devem ser consideradas e avaliadas, de acordo com a realidade e os objetivos de cada propriedade”, conclui Daniel Rodrigues.
Em Prudente de Morais, na região Central de Minas, a Epamig tem um laboratório de parasitologia veterinária, onde são feitas pesquisas sobre carrapatos e verminoses de bovinos. O local disponibiliza, de forma gratuita, vários serviços para produtores e pecuaristas, incluindo o teste carrapaticida. O objetivo da testagem é determinar a eficácia de produtos para controle específico dos carrapatos encontrados em cada propriedade.
O produtor deve coletar de 150 a 250 fêmeas ingurgitadas, grandes, gordas e completamente cheias, conhecidas como “mamonas” ou “jabuticabas”. A captura deve ser feita, preferencialmente, no início da manhã.Os carrapatos coletados devem ser colocados em uma caixa de papelão limpa e seca e precisam ser entregues no laboratório em um prazo máximo de 24 horas.
“É fundamental que os bovinos dos quais serão retirados os carrapatos não tenham tido contato com produtos carrapaticidas por pelo menos 30 dias, no caso de banho ou “pour on”; e 45 dias, no caso de produtos injetáveis, como as ivermectinas. A prática de deixar dois ou três animais sem tratar, para coletar os carrapatos necessários, é interessante, uma vez que não precisam ser colhidos em todo o rebanho”, explica o pesquisador Daniel Sobreiras.
Os testes ficam prontos em aproximadamente 40 dias. Para mais informações, os interessados podem entrar em contato com o laboratório pelo telefone (37) 97102-1541.
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