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Epamig vai medir índices de carbono e água em sistemas de produção

Pesquisa será feita no campo experimental da empresa em Uberaba, no Triângulo mineiro, e começa na safra 2021-2022

Estudos vão terminar em 2023. (Foto: Epamig)
Ricardo Miranda
8 de dezembro de 2021
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A Epamig (Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais) vai começar um estudo para medir as entradas e saídas de carbono do solo durante a produção de forragem. O foco são os sistemas de integração lavoura-pecuária (ILP) e lavoura-pecuária-floresta (ILPF). A iniciativa também vai avaliar a quantidade de água usada a cada quilograma de forragem produzida nos sistemas.

Sistema de integração entre pastagens e florestas. (Foto: Epamig)

O cuidado com o solo foi um dos focos das discussões durante a 26ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 26) na Escócia. A conservação das pastagens gera impactos positivos tanto na qualidade da água e do clima quanto na produção de alimentos. Quanto maior o teor de carbono na atmosfera, maior será a produtividade e, consequentemente maior vai ser a fixação de carbono. Por outro lado, em solos com deficiência hídrica ou baixa disponibilidade de nutrientes, a fixação de carbono é afetada.

Melhora da produtividade

Segundo o IBGE o Brasil tem cerca de 150 milhões de hectares de pastagens. Essas áreas sofrem com a degradação e, em diferentes regiões do país, enfrentam perda da produtividade da forragem, comprometendo a sustentabilidade ambiental e a rentabilidade.

Segundo o IBGE, o Brasil tem 150 milhões de hectares de pastagens. (Foto: Mapa)

Reverter a degradação das áreas de pastagem e aumentar a produtividade são desafios importantes para a manutenção da agricultura. Nesse sentido, os sistemas de integração de produção tem ganhado cada vez mais espaço, seja associando a atividade agrícola com as pastagens (ILP) ou também com florestas (ILPF).

A pesquisa da Epamig vai acontecer no Campo Experimental Getúlio Vargas, em Uberaba, no Triângulo Mineiro. O trabalho começa na safra 2021-022 e devem durar dois anos, com previsão de termino para agosto de 2023. Durante os estudos vão ser plantadas mudas de Corymbia citriodora, uma espécie de eucalipto conhecida por produzir madeira de excelente qualidade e potencial moveleiro. Além disso, sementes de milho serão plantadas entre os renques das árvores em consórcio com a brachiaria Urochloa brizantha, da cultivar Marandu.

Segundo a Epamig, o desempenho da área será comparado com o de uma pastagem degradada e de uma mata nativa, também presentes no campo experimental em Uberaba. Dessa forma, os pesquisadores poderão medir os índices de entrada e saída de carbono no solo, a quantidade de água, bem como avaliar o desempenho na produção de forragem.

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