Agricultura

Granjas com até mil aves se destacam em biosseguridade

Publicado por
Washington Bonifácio

Em 2021 produtores de Minas Gerais responsáveis por granjas comerciais de postura e de corte com até mil aves alojadas e que mantêm a produção dentro da cidade de localização da granja ou comercializam ovos e frangos para municípios adjacentes,  se destacaram por adotarem a biosseguridade nos estabelecimentos. Seguindo o exemplo da avicultura industrial de grande porte, o  primeiro passo foi o registro junto ao Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), vinculado à Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa).

A medida de biosseguridade foi determinada pela Portaria do IMA nº 1984 de 2020. As granjas com mais de mil aves ou aquelas que vendem sua produção para outros municípios já são obrigatoriamente submetidas ao registro, desde a publicação da Instrução Normativa  nº 56 de 2007, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

A fiscal do IMA Izabella Hergot, lembra que o objetivo do órgão é ampliar a vigilância nas pequenas granjas avícolas assegurando a adoção de medidas higiênico-sanitárias.

 “O IMA tem dado atenção especial a esses avicultores que, assim como os de grande porte da indústria, são fundamentais para o fortalecimento da avicultura mineira”,  valoriza Izabella que também é coordenadora Estadual do Programa de Sanidade Avícola.

Produção de ovos

A maioria dos estabelecimentos que possui menos de mil aves são os de postura, ou seja, aqueles que produzem e comercializam ovos para consumo humano. Caracterizados como estabelecimentos de pequeno porte, mas igualmente essenciais para o setor, os produtores devem ficar atentos às medidas higiênico-sanitárias utilizadas nas granjas.

“Ações simples podem ser realizadas, tais como a limpeza das áreas de produção e dos ninhos, isolamento das aves e definição de horários de coletas dos ovos. Parabenizamos cada avicultor que deu início ao processo de registro, garantindo a adoção de biosseguridade em sua granja”, reconhece.

Desde que a Portaria 1984/2020 foi publicada, o número de granjas de postura de pequena escala registradas no IMA saltou de 10 em 2020 para 34 no ano   passado. “Parece pouco, mas é um indicador positivo. Sabemos que este número não representa o real universo da avicultura de pequeno porte, porém, é uma amostra do potencial de expansão dos registros, que é a nossa meta para este ano. As granjas com até mil aves estão distribuídas por todo o estado e tem como finalidade abastecer o mercado da região onde está localizada. Muitas delas fornecem ovos para Belo Horizonte e região metropolitana”, menciona.

Izabella Hergot acrescenta que a maioria dos produtores de pequena escala tem como objetivo rotular seus produtos como ovo caipira, o que torna necessário certificá-los. “Mas para conquistar o selo de certificação do produto, é necessário antes registrá-lo”, ressalta.

Registro

Granjas desprovidas de ações mínimas sanitárias podem colocar em risco todo o setor avícola, além de expor consumidores a graves zoonoses. A prevenção é a melhor alternativa. “Uma granja de postura com sanidade é a garantia de ovos saudáveis para o abastecimento da cadeia produtiva”, ressalta a fiscal.

O principal objetivo do registro é regularizar a avicultura de pequena escala e incentivar a adoção das boas práticas estabelecidas em manuais de produção, e, consequentemente, estabelecer um mínimo de biosseguridade.

Procedimento

O registro é gratuito e, durante todo o processo para a sua obtenção, o produtor pode enviar dúvidas para o e-mail do escritório do IMA neste link. 

Após as adequações e a vistoria dos fiscais agropecuários, a granja é considerada apta ao registro. Ficam isentos desta determinação criatórios de aves de subsistência cuja produção seja exclusiva para alimentação e sobrevivência do agricultor e de sua família.

No site do IMA está disponível uma cartilha com orientações sobre o processo de registro AQUI. 

 

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