Agricultura

Idoso vai parar na UTI após comer “couve do mato” em Divinópolis

Publicado por
Ricardo Miranda

Um idoso de 84 anos precisou ser levado pra UTI após se intoxicar com a chamada “couve do mato”. O caso aconteceu em Ermida, distrito de Divinópolis, na região Centro-Oeste. Uma filha do aposentado também passou mal e foi hospitalizada.

Kátia e o pai se intoxicaram após consumir a planta. (Foto: Ricardo Miranda)

Tudo aconteceu após um almoço de família. A família conta que o idoso resolveu colher algumas folhas da planta que ele pensava ser um tipo de couve. Minutos depois ele e a filha passaram a ter dores, dificuldade para respirar e começaram a perder os movimentos. Os dois foram socorridos e levados para a UPA de Divinópolis.

O idoso ficou em estado mais grave. Precisou ser intubado e foi transferido para o Hospital São João de Deus, também em Divinópolis, onde ficou internado por quase uma semana. Ele já recebeu alta e se recupera bem. A filha dele recebeu atendimento médico e foi liberada no dia seguinte. “Eu fiquei com muito medo de morrermos sem socorro. Senti muitas dores e comecei a perder os movimentos das pernas. Foi assustador”, relembra Kátia Nogueira.

A família diz que o idoso ganhou uma muda da planta há cerca de um mês. A espécie é bastante conhecida na região e muitos moradores acreditam ser um tipo de hortaliça comestível, mas não é.

Alto risco de intoxicação

Pesquisador João Máximo faz parte do grupo de estudos sobre a planta. (Foto: Ricardo Miranda)

Em 2012 foi criado um grupo de estudos na UFSJ, Universidade Federal de São João Del Rei. Pesquisadores do campus em Divinópolis começaram a analisar os efeitos da planta no organismo humano depois que um homem morreu após consumir algumas folhas da “couve do mato”, também chamada de “falsa mostarda”.

Especialistas comprovaram que o risco de intoxicação após o consumo da planta é extremamente alto. “Minutos após o consumo a pessoa já começa a perder os movimentos das pernas e, se não for socorrida, pode ter uma parada cardiorrespiratória em menos de meia hora”, explica João Máximo Siqueira, doutor em produtos naturais, membro do grupo de pesquisa da UFSJ.

O pesquisador explica que a Nicotiana glauca pertence à família do tabaco, mas é cinco vezes mais tóxica. “A nicotiana glauca, ou “couve do mato”, tem uma alta concentração de uma substância chamada anabasina, tão tóxica que é inclusive usada em alguns tipos de inseticida”, explica o especialista.

Diante dos casos de intoxicação, o especialista alerta para o risco de consumir plantas desconhecidas. “O perigo é muito grande já que algumas espécies realmente parecem hortaliças comestíveis. É importante conhecer a planta e, na dúvida, não consumir”, finaliza o pesquisador.

Confira a reportagem da TV Alterosa sobre o caso:

 

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