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Lavouras de café adotam práticas sustentáveis da agricultura regenerativa

Publicado por
carolinesena

Brasileiro é apaixonado por café. Aliás, considera-se que em todo o planeta, o café seja a segunda bebida mais consumida depois da água. Mas o Brasil tem uma característica especial: além de ser um dos maiores mercados consumidores, também é o principal produtor e exportador do grão. A produção de café é a marca registrada de Minas Gerais, que mostra ao mundo técnicas de preservação ambiental ao mesmo tempo em que aumenta a produção, mantendo a qualidade da bebida.

De janeiro a agosto deste ano, o consumo de café solúvel no Brasil cresceu 3,7%, alcançando 669,7 mil sacas de 60 kg, segundo levantamento da Associação Brasileira da Indústria de Café Solúvel (Abics). O consumo acompanha a produção de café. De acordo com o último levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o Brasil deve encerrar a atual safra de café com 46,9 milhões de sacas de café beneficiado. São nada menos que 1,8 milhão de hectares plantados.

Certamente, a produção não fica só na mesa do brasileiro. Afinal, os Estados Unidos são o maior comprador do mundo, com uma média de 25,9 milhões de sacas de 60 kg, segundo a Grão Gourmet. Enquanto que os finlandeses são os principais consumidores da bebida no globo, totalizando 12 kg per capita por ano, conforme a Forbes. Para se ter um comparativo, o brasileiro consome 5,5 kg de café por ano.

E para manter essa legião de fãs, os produtores de café estão sempre procurando melhorar suas técnicas de cultivo e produção, ao mesmo tempo em que se coloca na balança o lado ambiental, social e econômico da cadeia produtiva. Portanto, a produção de café exige cuidados, como a mais nova prática, que é a Agricultura Regenerativa. Saiba mais a seguir.

Agricultura Regenerativa: o que é e porque é a grande tendência no varejo de alimentos

Será que é possível manter o sistema de produção alimentar no mundo preservando a natureza? A resposta está na Agricultura Regenerativa, que conserva ao mesmo tempo em que produz.

O termo Agricultura Regenerativa foi apresentado pela primeira vez pelo americano Robert Rodale. Ele utilizou teorias de hierarquia ecológica para analisar os processos de regeneração nos sistemas agrícolas. Na prática, isso significa que o produtor rural semeia e colhe recuperando os solos e evitando o desperdício de água.

Mas a regeneração dos solos leva em conta não apenas aspectos ambientais, e sim sociais e econômicos. Enfim, a cadeia produtiva está unida em prol da natureza e das famílias que dela vivem.

A prática da Agricultura Regenerativa virou uma forte tendência no varejo de alimentos. Isso, em partes, devido à necessidade de atender a um novo consumidor. Para se ter uma ideia, a pesquisa Nielsen identificou que 75% dos millennials (na faixa dos 26 a 40 anos de idade) estão mudando seus hábitos de compra pensando no meio ambiente.

Nesse contexto, players como a PepsiCo adotou práticas de Agricultura Regenerativa em 2,83 milhões de hectares de suas terras cultiváveis, a Cargill anunciou a mudança em 4,04 milhões de hectares até 2030 e, ainda, o Walmart está buscando a nova técnica para 20,2 milhões de áreas agrícolas. Outro exemplo é a Nescafé, que investiu mais de 7 bilhões de reais em agricultura regenerativa, impactando mais de 500.000 agricultores ao redor do mundo.

Técnicas adotadas

Estima-se que seremos 7,9 bilhões de habitantes no mundo em 2021, ao passo que deveremos chegar a 2050 com 1 bilhão de pessoas a mais. E como promover a segurança alimentar desse contingente sem desgastar os recursos naturais? A boa notícia vem da Agricultura Regenerativa que reúne conceitos como aumento da produtividade, captura do carbono, incremento da biodiversidade e redução da irrigação.

Uma das técnicas para tornar isso viável é o sistema ILPF (Integração Lavoura-Pecuária-Floresta). Além disso, outro pilar é o SPD (Sistema de Plantio Direto). Ambos mantêm o índice de produtividade dos sistemas convencionais sem degradar a natureza.

Quem está praticando esse novo conceito no Brasil é a Nescafé. Ela está entre as três megabrands principais do planeta e entre as 10 marcas mais consumidas no globo. Veja o case da Nescafé dentro da metodologia da Agricultura Regenerativa a seguir.

Nescafé adota a Agricultura Regenerativa

A sustentabilidade vem pautando todos os fluxos do cultivo e produção de café da Nescafé. Há 10 anos, a marca desenvolve o programa “Cultivado com Respeito”, que visa preservar o perfil de cada fazenda produtora. Além disso, tem em seu portfólio o produto “Nescafé Origens do Brasil”, cuja a meta é ser a primeira marca de café solúvel e para coar carbono neutro no país até 2022.

Ademais, a Nescafé desenvolve o projeto “Regenerar” com o objetivo de transformar as fazendas parceiras em modelo 100% carbono neutro. Atualmente, são 35 propriedades produtoras de café em fase de transição. Elas estão localizadas em São Sebastião do Paraíso (MG), Serras do Alto Paranaíba (MG) e Chapada Diamantina (BA).

Só para complementar, a neutralidade do carbono visa evitar as consequências do desequilíbrio do efeito estufa a partir de um cálculo geral de emissão de carbono.

Portanto, as fazendas que adotam essa prática irão reduzir e balancear o restante das emissões de carbono por meio de compensação, reduzindo e balanceando suas emissões através das práticas de agricultura regenerativa, que incluem recuperação de florestas nativas, cobertura do solo e preservação da biodiversidade.

No entanto, bater a meta de carbono neutro em 2022 não é o fim da caminhada para a Nescafé. “Na verdade, essa conquista nos ajuda a endossar e tangibilizar nossas ações, porém, além desse indicador representar uma soma de ações que já iniciaram há alguns anos, ele representa também o início de uma jornada contínua e que ainda vai se estender indefinidamente”, aponta a Gerente de Marketing e Sustentabilidade Cafés Nestlé, Taissara Abdala Martins.

Pilares

O café ecologicamente responsável da Nescafé se baseia em uma política sustentada por quatro pilares: inclusão, circularidade, regeneração e carbono neutro. “Entendemos que falar sobre sustentabilidade ambiental passa obrigatoriamente por sustentabilidade social e econômica e, por isso, enxergamos além do impacto positivo que queremos trazer ao meio ambiente”, ressalta Taissara.

Nesse sentido, as fazendas parceiras da marca estão alinhadas ao mesmo objetivo. “Juntos entendemos que esse novo olhar para a cafeicultura é um caminho sem volta”, justifica Taissara, lembrando que há outros projetos de Agricultura Regenerativa já em desenvolvimento.

Projeto Colmeia é um exemplo de Agricultura Regenerativa na Nescafé

Um bom exemplo é o projeto “Colmeia”. Trata-se de uma parceria entre a Nescafé, a startup Agrobee e os produtores de café. O projeto consiste na instalação de colmeias em mais de 100 hectares de café dentro de uma ação de polinização assistida.

Rafael Bueno/Nescafé

O projeto, portanto, permite a preservação da biodiversidade, o aumento da produtividade de café e mais qualidade ao fruto. “Uma flor de café bem polinizada resulta em frutos maiores e de mais qualidade. Além de todo esse balanço positivo, ainda temos como produto dessa ação o mel de flor de café, que acaba sendo um importante símbolo de uma cafeicultura sustentável disponível nas prateleiras aos consumidores”, resume Taissara.

A marca está, portanto, alinhada às expectativas deste novo consumidor, que se preocupa com a preservação dos recursos naturais. Um exemplo disso é a linha “Nescafé Origens do Brasil”, lançada em 2019 com a proposta de oferecer um café super premium cultivado em três regiões brasileiras por famílias que adotam práticas da Agricultura Regenerativa.

“Além de ser um café com um sabor exclusivo que traduz muito bem o terroir onde foi cultivado, é produzido em uma agricultura de baixo carbono e que impacta positivamente toda a comunidade ao seu redor”, frisa Taissara.

Pioneirismo

A Nescafé sai à frente no conceito de Agricultura Regenerativa. Afinal, o pioneirismo sempre foi um valor da marca.

Em 1929, a Grande Depressão com a crise da Bolsa de Nova York, impactou a produção brasileira de café devido ao fechamento do mercado mundial. Entretanto, o especialista da Nescafé, Max Morgenthaler, e a sua equipe desenvolveram um café solúvel que precisava apenas ser adicionado à água para possibilitar uma bebida encorpada e saborosa.

Assim surgiu o café solúvel Nescafé. Ele esteve presente nos momentos mais marcantes da história. Na 2.ª Guerra Mundial, ele revigorava os pracinhas brasileiros entre as batalhas. Em 1969, foi a primeira marca de café a pousar na Lua, fazendo parte do cardápio dos astronautas da missão Apollo 11.

Hoje é a maior marca de café do planeta. Neste exato segundo, 5,5 mil xícaras de café Nescafé estão sendo consumidas ao redor do globo.

Saiba mais sobre a marca e as experiências de sucesso em Agricultura Regenerativa acessando o site da Nescafé.

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