A Câmara Municipal de Bom Despacho, na região Centro-Oeste do estado, aprovou um projeto de lei enviado pela prefeitura. A chamada “lei do queijo artesanal” regulamenta a atividade dos produtores que há anos trabalham no município e facilita o acesso a novos mercados, incentivando o crescimento do setor.
Segundo a prefeitura, o objetivo da lei é organizar e profissionalizar o setor, que já tem vários produtores em atividade no município. “Esta lei proporcionará aos produtores rurais a oportunidade de legalizarem sua produção e buscarem novos mercados”, afirmou o coordenador da Secretaria de Agricultura, Leanderson Rever.
Com a nova legislação, os produtores vão precisar se adequar e profissionalizar ainda mais o setor. A mudança foi bem aceita pelos produtores, como Maria do Rozário, dona de uma fábrica de queijos de búfala. Ela e o marido trabalhavam com pecuária leiteira numa fazenda, em Bom Despacho, onde criaram gado das raças Gir e Girolando. Aos poucos, devido aos problemas com a remuneração da atividade, mudaram os rumos do negócio da família.
Em 2015 chegaram as primeiras búfalas. E o rebanho foi aumentando. “Em 2017, encontramos um amigo na Serra da Canastra, Maurício Lima, grande defensor e criador de búfalas. Entre uma conversa e outra, saímos dali com uma sociedade e muitas búfalas para a nossa fazenda Raposo, no Centro-Oeste de Minas Gerais” conta Maria Rosário. Hoje, a família conta com 200 búfalos das raças Murrah e Mediterrâneo.
Maria do Rozário percebeu que com o leite das búfalas é possível produzir um queijo frescal mais suave e saboroso e passou a se dedicar a esse tipo de atividade. Hoje, a propriedade da família fabrica vários produtos. “Transformamos cerca de 250 litros por dia em uma gama de 15 produtos, entre mussarelas em vários formatos e aromatizações, queijo frescal e curado. Como sempre gostei de cozinha, adoro testar e criar novos queijos, me surpreendo cada dia mais com a versatilidade do leite de búfala e o excelente rendimento. Nosso objetivo é aumentar a produção para, no mínimo, 100 búfalas em lactação”, diz a produtora.
Com a aprovação da nova lei, a produtora está confiante em ampliar ainda mais o rebanho e das vendas. “Como sou registrada no SIM (Serviço de Inspeção Municipal) minha venda era feita apenas aqui em Bom Despacho. Agora, com a regulamentação da atividade e mudanças da nova lei, vou poder começar a vender para outras cidades. Vai ser muito bom”, conclui Maria do Rozário.
De acordo com a prefeitura, Bom Despacho tem pelo menos 14 produtores de queijo sem registro. Com a lei, essas famílias vão receber treinamento com o serviço de inspeção e curso e boas práticas de produção, além de receber isenção das taxas de registro. “Com estas mudanças, criamos condições para que produtores de queijo saiam da ilegalidade, gerando renda para suas familias, e disponibilizando para o mercado de Bom Despacho, produtos de qualidade e caracteristicas da nossa região”, conclui Leanderson.
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