O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), publicou a Portaria nº 516 que estabelece os períodos de vazio sanitário para cultura da soja. Estes prazos deverão ser seguidos pelos estados produtores, em todo o país, durante o ano de 2022. Esta é uma medida fitossanitária. Segundo o Mapa, ela é importante para o controle da ferrugem asiática da soja, causada pelo fungo Phakopsora pachyrhizi.
É o período contínuo, de no mínimo 90 dias, em que não se pode plantar e nem manter vivas plantas de soja em qualquer fase de desenvolvimento na área determinada. O objetivo é reduzir, ao máximo possível, o inóculo da doença, minimizando os impactos negativos durante a safra seguinte.
“O vazio sanitário da soja é uma medida consolidada, que já vinha sendo adotada por 14 estados produtores de soja nos últimos anos. No entanto, para reforçar a sua importância e aumentar os seus efeitos, o Mapa ampliou sua abrangência para 21 unidades da federação, além de aumentar o período mínimo obrigatório de ausência de plantas semeadas ou voluntárias no campo de 60 para 90 dias”, explica a coordenadora-geral de Proteção de Plantas, Graciane de Castro.
É considerada uma das mais severas doenças que incidem na cultura da soja, podendo ocorrer em qualquer estádio fenológico. Nas diversas regiões geográficas onde o fungo foi relatado em níveis epidêmicos, os danos variam de 10% a 90% da produção. A soja é o principal produto de exportação brasileira, e atingiu, em 2021, uma produção de 134 milhões de toneladas, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), por isso o Mapa ampliou a área do vazio sanitário.
Confira os períodos de vazio sanitário para a cultura da soja:
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