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Milho: preços caem por efeito momentâneo da colheita

Escassez deve continuar no Brasil até safrinha de 2022

Fenômeno climático pode afetar a produção brasileira de grãos, como milho. (Foto: Reprodução/Internet)
Washington Bonifácio
9 de agosto de 2021
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Neste início de agosto houve queda no preço do milho e a Bolsa Brasileira (B3) abriu os trabalhos, nesta semana, com os preços futuros do cereal operando em baixa. Especialistas alertam que este é um efeito breve da colheita da safrinha 2021.

“O primeiro ponto para esse recuo momentâneo de cotações do milho é o fato de que começou a colher milho. Houve quebra na safra, mas algum produto tem chegado ao mercado e isso é suficiente para dar uma normalizada. O segundo ponto é que também chegou milho importado. Esses são os dois principais motivos para a diminuição de preço, a nosso ver”, disse o analista da Céleres Consultoria, Anderson Galvão, ao site Notícias agrícolas.

Mesmo com a chegada da safrinha ao mercado, neste início de mês, cenário de escassez de oferta ainda mantém as cotações em patamares historicamente elevados. Em SP e na região sul do país o saco de milho chega a custar 100 reais.

Foto de pessoa pegando o milho, em grãos, nas mãos.

Devido a baixa produção de 21, o grão ganhou em área plantada para a safra de 2022.(Foto:iStock/Mapa)

Safra 2022

Com o aumento da área plantada, a expectativa é de boa produção em 2022, porém o volume ainda não será suficiente para atender a demanda. A recuperação é esperada com a chegada da safrinha de 22. De acordo com o analista, o produtor deve ficar atento aos custos de produção.

“A safra 21/22 é uma safra que vem com aumento de custos bem consideráveis, em especial o fertilizante. Ele começa a subir a temperatura no mercado internacional. A China, semana passada, anunciou restrições nas exportações de fertilizantes por medo escassez no mercado agrícola chinês. Então o agricultor que está vendendo milho e soja agora tem que ter em mente que a safra 21/22 será uma safra mais cara”, revelou.

O analista orienta que este é momento do produtor vender o milho que está estocado para se capitalizar e conseguir melhores condições de compra de insumos com pagamentos à vista e antecipados, garantindo assim uma safra mais barata no próximo ano.

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