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Modo de fazer cafés especiais em Cristina torna-se patrimônio cultural

Altitude, clima, recursos hídricos e solo favorável beneficiam a produção da bebida

(Foto: AME Cultura)
Guto Moreira
5 de março de 2022
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Na porção sul-mineira da Serra da Mantiqueira está localizado o município de Cristina, que se destaca pelos cafés especiais. A altitude, clima, disponibilidade anual de recursos hídricos, além do solo favorável, são fatores que beneficiam a produção da bebida.

Durante reunião do Conselho Municipal de Proteção do Patrimônio Cultural de Cristina, em 13 de dezembro do ano passado, foi aprovado como Patrimônio Cultural o “Modo de Fazer Cafés Especiais de Cristina”. O registro foi homologado por meio do Decreto nº 1.790, e inscrito no Livro de Registro Municipal, na Categoria Saberes – Modo de Fazer, sob a inscrição de no. 03 nos termos da Lei n. 1.959/2010.

“É a própria população de Cristina que se reconhece como detentora de um saber que, aliado a condições geográficas naturais, faz do município um grande produtor de cafés de qualidade a nível nacional e internacional”, disse a historiadora Cristiane Magalhães, da AME Cultura.

(Foto: AME Cultura)

O levantamento feito pela historiadora aponta que os cafés de qualidade estão localizados principalmente nas fazendas instaladas ao redor da Pedra Branca e nos bairros rurais Sertãozinho e Vargem Alegre.

“Não que em outros locais não ocorra produção de cafés, mas há uma questão geográfica, a chamada Denominação de Origem, especial nesses locais. A altitude, o terreno montanhoso e acidentado, o tipo de solo da Serra da Mantiqueira e o clima com chuvas regulares, tornam Cristina um lugar especial para o cultivo do café, com altitudes que variam de 1.100 metros a 1.400 metros”, disse a historiadora.

Para o presidente da Associação de Produtores Cristinenses de Cafés Especiais (APROCCES), Fábio Júnior da Silva, o universo dos pequenos agricultores representa cerca de 80% da produção local.

“Especialmente nos bairros rurais Sertãozinho e Vargem Alegre existem 87 agricultores familiares cadastrados na associação.  As lavouras têm em média de 1 a 6 hectares”, comentou.

 

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