Agricultura

PIB recua depois de queda de 2% no terceiro trimestre

Publicado por
Washington Bonifácio

O Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio brasileiro, calculado pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da USP, em parceria com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), alcançou recordes sucessivos em 2020 e em 2021, com esse biênio se caracterizando como um dos melhores da história recente do agronegócio nacional. Já em 2022, o PIB do setor teve recuos sucessivos ao longo dos três primeiros trimestres do ano, acumulando queda de 4,28% de janeiro a setembro de 2022.

Segundo pesquisadores do Cepea, o principal fundamento para esse cenário é a forte alta dos custos com insumos no setor, tanto na agropecuária quanto nas agroindústrias, que tem corroído o PIB ao longo das cadeias. De janeiro a setembro, o PIB do ramo agrícola caiu expressivos 5,69%, e o pecuário, ligeiro 0,24%.

Considerando-se os desempenhos parciais da economia brasileira e do agronegócio, o Cepea estima que a participação do setor no total fique por volta de 25% em 2022, pouco abaixo dos 27% registrados em 2021 – isso porque a queda deste ano se verifica frente ao patamar recorde de PIB alcançado em 2021.

Saiba os resultados por setor. (Arte: Divulgação)

Setor Agrícola

O resultado negativo do PIB do ramo agrícola decorreu especialmente da forte alta dos custos com insumos para a produção agrícola (dentro da porteira), como fertilizantes, defensivos, combustíveis, sementes e outros. Além disso, o PIB agrícola também segue pressionado pela redução da produção em culturas importantes, especialmente soja e cana-de-açúcar. Além dessas duas atividades, que detêm peso expressivo no PIB, estima-se menor produção no ano para o arroz, a batata, o fumo, a mandioca, o tomate, a uva e a madeira em tora.

Setor Pecuário

No ramo pecuário, houve reduções do PIB para todos os segmentos, exceto o primário, no acumulado de janeiro a setembro. De acordo com pesquisadores do Cepea, no segmento primário pecuário, a alta decorreu de algum aumento do valor bruto da produção (produção maior e preços levemente superiores aos de 2021), somado à redução dos custos com insumos; nesse último caso, em relação ao patamar expressivamente elevado alcançado em 2021.

 

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