Após as geadas, a cafeicultura brasileira vem buscando formas de enfrentar os impactos causados aos pés de café e diminuir as perdas futuras. Uma das soluções é a polinização assistida inteligente. De acordo com Diego Moure de Oliveira, coordenador técnico e científico da Agrobee – empresa responsável pelo estudo inédito – a polinização das abelhas do mel em aproximadamente 400 hectares divididos em mais de 30 áreas, rendeu um aumento acima do esperado, em média de 18% a 20% ou 10 sacas/hectare.
“Outro ponto a ser destacado foi a melhoria na qualidade do grão. Registrado um aumento na pontuação do café de mais 3 pontos dos grãos da área polinizada que marcaram 85 pontos versus 82 da área de controle, que são os locais da mesma propriedade que não receberam as abelhas”, explica Diego.
Na região do Sul de Minas, quinze produtores decidiram aplicar a polinização assistida inteligente em suas lavouras. No município de Três Pontas, a proprietária das Fazendas Caxambu e Aracaçu, Carmem Lucia Chaves de Brito, chamada carinhosamente de ‘Ucha’, perdeu cerca de 10 dos 210 hectares de café após as geadas que atingiram boa parte dos municípios no estado. Ao receber a visita de técnicos da Agrobee, ficou apaixonada pelo projeto.
“O mais incrível do projeto é essa ‘pegada’ socioambiental. Isso que fez com que eu colocasse dentro das minhas fazendas essas abelhinhas incríveis. É algo que eu já havia visto dando certo em outras culturas, como amêndoas e uvas, nos Estados Unidos e Europa. A cadeia do café é fortíssima em Minas Gerais, por isso seria muito interessante abraçar a cadeia dos apicultores do país e somar renda”, disse Carmen Lucia.
A empresa realiza todo o acompanhamento do processo desde a pré-polinização, preparo de plano para a propriedade, instalação das colmeias e mensuração de resultados, na promoção de uma agricultura sustentável e de preservação do meio ambiente.
“O grande desafio da agricultura é produzir mais em uma mesma área produtiva. Estamos auxiliando os criadores de abelhas a expandir um novo mercado no país, oferecendo uma fonte de renda alternativa para eles e suas famílias. O cafeicultor investe menos de 1 saca/hectare para realizar o serviço e recebe de retorno mais de 5 sacas/hectare”, finaliza.
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