A safra de café está sendo reavaliada no Sudeste do Brasil após o calor intenso dos últimos meses. O assunto foi debate no 4º Fórum Café e Clima, que a Cooxupé (Cooperativa Regional de Cafeicultores em Guaxupé) realizou nesta semana.
Para os especialistas, as altas temperaturas foram aliadas, principalmente, à redução no volume de chuvas durante o outono-inverno. Éder Ribeiro dos Santos, coordenador do Departamento de Geoprocessamento da Cooxupé, entende que a estiagem começou mais cedo, a partir de março, e se estendeu até meados de setembro.
“O inverno foi muito quente, sendo que, em julho, algumas cidades da área de atuação da cooperativa registraram temperaturas máximas próximas a 40 graus”, informa.
Antes disso, as chuvas excessivas em outubro de 2021 e janeiro de 2022 acompanhadas de longo período de tempo nublado acabou por influenciar no pegamento da florada e no peso do fruto. Já do ponto de vista da fisiologia, o intenso déficit hídrico observado no período e a baixa radiação solar em outubro de 2021 e janeiro 2022 podem ter influenciado na diferenciação floral e no pegamento das flores.
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