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Produção sustentável de peixes e hortaliças com reuso de água

Projeto da Epamig pretende gerar renda a famílias de agricultores atingidos pelo rompimento da barragem da Mineradora Vale

Sistema reutiliza água para produção de hortaliças e criação de peixes. (Foto: Thiago Freato / Epamig)
Ricardo Miranda
17 de dezembro de 2021
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A Epamig (Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais) vai auxiliar produtores rurais a trabalharem com sistemas de recirculação de água para produção de hortaliças de forma integrada à criação de peixes. O programa vai ser voltado a agricultores atingidos pelo rompimento da barragem da Mina Córrego do Feijão em Brumadinho, na região metropolitana de Belo Horizonte.

Projeto vai ser executado em Brumadinho, na região metropolitana de BH. (Foto: Thiago Freato / Epamig)

Na técnica chamada de aquaponia é possível criar peixes, como tilápias e lambaris, em um sistema de reuso de água com produção de vegetais, incluindo folhosas, leguminosas, tubérculos e plantas frutíferas e ornamentais. O trabalho vai acontecer em diferentes propriedades rurais. “A ideia é ouvir as demandas dos produtores e analisar o potencial de implantar os sistemas, caso a caso. Dentro da realidade de Brumadinho, eu vejo nos sistema de recirculação e aquaponia alternativas promissoras para desenvolver a piscicultura e a produção de hortaliças na região”, explica Thiago Freato, pesquisador da EPAMIG.

O pesquisador explica que na aquaponia a água circulante na criação de peixes, com os efluentes da psicultura, se torna rica em nutrientes que são aproveitados na produção vegetal. “A aquaponia pode ainda ser desenvolvida em áreas urbanas ou periurbanas, reduzindo o custo com transporte e a pegada de carbono, além de propiciar alimentos mais frescos e seguros na mesa dos consumidores”, complementa Thiago Freato.

O reuso de água permite a redução drástica no uso de água, já que há apenas 1% de renovação ao longo do dia. O sistema favorece ainda a otimização do uso de insumos e a diversificação da produção. “A aquaponia pode ainda ser desenvolvida em áreas urbanas ou periurbanas, reduzindo o custo com transporte e a pegada de carbono, além de propiciar alimentos mais frescos e seguros na mesa dos consumidores”, conclui Thiago Freato, pesquisador da Epamig.

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