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Produtor aprende como tratar dejetos suínos em Itabirinha

O projeto beneficia o meio ambiente com o controle da proliferação de insetos e o fim da contaminação do solo e da água

extensionista Vanilton Alves
O mesmo sistema pode ser implantado em outras culturas como bovinocultura e caprinocultura. (Foto: Divulgação/Emater)
Washington Bonifácio
4 de dezembro de 2021
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O produtor rural Antônio Cardoso tem uma criação de porcos no município de Itabirinha, no Leste de Minas. Durante muito tempo descartou os dejetos dos animais em uma vala perto do criadouro. Mas não estava satisfeito com aquela prática, então em 2019 procurou a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG), em busca de orientação.

A decisão foi acertada. Após uma visita técnica à propriedade, ficou definido que seria implantada uma caixa de alvenaria com divisórias, para o recolhimento e tratamento dos dejetos. Com a assessoria da extensionista Marília Aparecida Martins, do município vizinho de São José do Divino, foram feitos os levantamentos de custo do projeto que contou com a prefeitura de Itabirinha. O município cedeu a máquina para a escavação do terreno. Para os materiais e mão-de-obra, o custo foi de R$ 7,8 mil.

“Foi um sucesso, tenho uma satisfação imensa com o resultado, só tenho a agradecer à Marília e ao Vanilton. Antes desse projeto que a Emater trouxe para cá, os dejetos eram todos lançados numa vala aberta, e se misturavam com a água da chuva. O odor era muito forte e atraía muitos insetos”, relembra o produtor Antônio Cardoso.

Marilia e o produtor

A construção da estrutura recebeu o apoio da prefeitura. (Foto: Divulgação/Emater)

Sustentabilidade

Com as caixas de alvenaria, os dejetos sofrem decantação e o chorume, que é o resultado final do processo, pode ser utilizado como adubo na capineira e no canavial cultivados na propriedade, no processo conhecido como fertirrigação. A extensionista Marília Aparecida Martins explica que esse reaproveitamento nas lavouras torna o ciclo de produção sustentável.

“Além do benefício ambiental, ao dar um destino correto aos dejetos, o que evita a poluição do solo e da água, ainda existe o ganho de produtividade, com a adubação da capineira e do canavial, que fornecem uma alimentação melhor para os animais,” revela.

“Até me animei em aumentar o plantel, para 220 cabeças, e estou pensando em adquirir mais animais”, disse o produtor Antônio Cardoso.

O projeto de destinação adequada dos dejetos na suinocultura em Itabirinha conquistou o primeiro lugar da Unidade Regional da Emater-MG em Governador Valadares no prêmio Destaque MelhorInovAção 2020.

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