Produtores da bacia leiteira de Pompéu têm prejuízos com a chuva

O ano começou bastante chuvoso em Pompéu, na região Centro-Oeste do estado, uma das principais bacias leiteiras de Minas Gerais. Só nos três primeiros dias de 2022, a Defesa Civil da cidade registrou 232 mm de chuva, quase todo o esperado para o mês de janeiro inteiro. Foram registrados estragos tanto na área urbana, quanto na zona rural e os produtores de leite ainda contabilizam os prejuízos.

O prefeito de Pompéu, Ozeas Campos, explica que a meteorologia previa 250mm de chuva ao longo de todo o mês de janeiro, e o grande volume de precipitação nos primeiros dias deste ano pegou o município de surpresa. “Na zona rural, a secretaria de obras já identificou diversas pontes afetadas pelo temporal. Com o transbordamento dos córregos, estradas vicinais também foram prejudicadas. Em alguns locais, o desvio necessário vai ser de mais de 30km”, destaca o prefeito.

Estado de calamidade pública

A prefeitura de Pompéu decretou estado de calamidade pública por causa dos estragos causados pela chuva. Na área urbana da cidade, mais de 100 moradores precisaram ser resgatados, alguns com a ajuda de barcos. Pelo menos duas famílias ainda estão em abrigos oferecidos pelo município.

Na zona rural, a prefeitura não tem uma estimativa de quantas propriedades rurais tiveram prejuízos provocados pelo temporal. De acordo com a Coopel (Cooperativa dos Produtores Rurais de Pompéu), a maior parte dos problemas está ligada ao rompimento de açudes, transbordamento de córregos e estradas que cederam.

Em várias fazendas, as áreas de pastagem foram alagadas e o gado precisou ser levado para locais mais altos. A Coopel tem 1600 produtores associados e está fazendo levantamento junto às famílias para ter uma dimensão maior dos estragos.

A meteorologia aponta a possibilidade de mais chuvas significativas para Pompéu, o que aumenta a preocupação. “A cooperativa está oferecendo consultoria técnica especializada, apoio logístico e suporte para o trabalho de recuperação das barragens e apoio para a reparação de estragos, para retomar o funcionamento das propriedades”, conclui César Lacerda, presidente da Coopel.