Quem trabalha com a criatividade costuma ter um forte aliado nessa tarefa: o café. Uma pesquisa norte americana realizada, em 2012, entrevistou 4 mil pessoas e apontou as seis áreas em que os profissionais mais consomem essa bebida durante o expediente.
Veja:
O Everaldo Ribeiro é brasileiro, mas é a prova de que por aqui esse costume não é diferente. Ele trabalha com programação e depois de horas em frente às telas sempre encontra um refúgio no cafezinho. O problema, segundo ele é encontrar uma bebida realmente saborosa “tomei muito café ruim”, disse.
Parece que o destino queria um posicionamento diferente do programador e ele seguiu a paixão pelo café de qualidade e resolveu investir na produção que a família tem no Sítio Água Limpa, em Vieiras, na Região das Matas de Minas. A propriedade está entre 671 e 775 metros acima do nível do mar, possui uma área total de 70 mil metros quadrados, dos quais 11 mil metros quadrados estão sendo cultivados a variedade Acauã, 8 mil metros abrigam a variedade Catuaí, sendo amarelo e vermelho, e mais recentemente 25 mil metros receberam a implantação da variedade 785 amarelo e 785 vermelho.
Ele contou que a atividade é tradicional na família há várias gerações, mas não havia preocupação com a qualidade dos processos. “Quando voltei para a propriedade, quis investir na produção do café especial”, revelou.
O primeiro passo foi entrar no programa de Assistência Técnica e Gerencial (ATeG) Café+Forte, do Sistema Faemg. Depois disso, a família já colhe resultados. “Não tem como falar do café de maneira isolada. Precisamos de conhecimento e, nesse ponto, o ATeG faz a diferença! Não é só pegar o grão e fazer a secagem. É preciso conhecer e preparar a planta. Se você tem uma planta bem nutrida, uma gestão e um planejamento bem-feitos, você consegue um café com melhor qualidade na xícara”, disse.
A técnica de campo Iara Simiquelli explica que, com o retorno de Everaldo, além de trabalhar a qualidade, com boas técnicas de colheita e pós-colheita, também foi possível aumentar a área plantada e reformar a lavoura antiga. Para ela, a volta do programador à propriedade motivou mais a família na atividade, especialmente o irmão, Aguinaldo Ribeiro.
“O Everaldo é uma pessoa muito antenada e sempre traz novas informações. Toda visita é uma troca, e a gente vai construindo juntos o conhecimento necessário para a realidade deles”, conta Iara. Além do acompanhamento do ATeG, Everaldo também fez o curso de Classificação e Degustação de Café oferecido pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar).
O empreendedor transformou a experiência pessoal em um negócio de sucesso oferecendo ao seu público-alvo o Café do Programador, que, além de boas doses de concentração e energia, também tem qualidade superior. “Resolvi unir o útil ao agradável. Os programadores merecem consumir um bom café, e hoje nós produzimos”, comentou Everaldo, que trabalha junto à mãe e o irmão na propriedade.
Para manter estreitos os laços entre as duas profissões, o Café do Programador é comercializado 100% online pelo site, que foi desenvolvido pelo próprio Everaldo. Além disso, os produtos têm nomes que remetem a termos técnicos da Programação como “front end”, “back end” e “full stack”. A maior parte dos consumidores é de São Paulo, mas o Café do Programador também já chegou ao Rio de Janeiro, Paraná, Recife, Rio Grande do Sul e diversas cidades de Minas Gerais.
Lucas Mucida, de Viçosa, conheceu Everaldo trabalhando como programador, e, agora, é cliente da marca aprovada pela família toda. “De cara o nome do café já me despertou interesse. Ganhei meu primeiro pacote como presente do meu amigo, e até minha esposa, que nem costuma tomar café puro e sem açúcar, adorou. Café de qualidade não precisa de nada mais, só coar e curtir”.
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