O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística(IBGE) divulgou, esta semana, o primeiro Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA). Se confirmarem as previsões, a safra brasileira de grãos, cereais e leguminosas deve somar 270,7 milhões de toneladas em 2022.
Este número representa um aumento de 7,8% em relação às estimativas de 2021, ou 19,5 milhões de toneladas a mais.
A expectativa é a de que o milho seja o principal responsável por esse aumento. Depois de grande queda na produção em 2021, por conta do atraso do plantio da 2ª safra e da falta de chuvas nos principais estados produtores, a previsão para 2022 é de alta de 11,1% para a 1ª safra (ou 2,8 milhões de toneladas) e de 26,8% para 2ª safra (ou 16,2 milhões).
A pesquisa que estima alta também registra a queda de alguns itens:
A pesquisa detalha também a participação de cada estado na produção nacional de grãos. Somente seis deles somam 80% da produção do país. De acordo com o LSPA, o Mato Grosso lidera como o maior produtor nacional de grãos, com uma participação de 28,5%, seguido pelo Rio Grande do Sul (15,0%), Paraná (13,2%), Goiás (9,2%), Mato Grosso do Sul (7,7%) e Minas Gerais (6,1%). Somados, os seis primeiros estados representaram 79,7% do total do país. No recorte regional, a liderança é do Centro-Oeste (45,7%), seguido pelo Sul (30,6%), Sudeste (10,0%), Nordeste (9,1%) e Norte (4,6%).
A Pesquisa de Estoques mostrou alta de 2,5% no total de capacidade útil disponível para armazenamento no Brasil, no primeiro semestre de 2021 frente ao semestre anterior, chegando a 180,6 milhões de toneladas. O Mato Grosso continua possuindo a maior capacidade de armazenagem do país, com 44,4 milhões de toneladas. O Rio Grande do Sul e o Paraná aparecem logo depois, com 34,3 e 32,6 milhões de toneladas de capacidade, respectivamente.
Quanto aos tipos de armazenamento, a pesquisa mostrou que os silos seguem predominando, tendo alcançado 90,4 milhões de toneladas (50,0%) da capacidade útil total. Na sequência, aparecem os armazéns graneleiros que atingiram 67,7 milhões de toneladas de capacidade útil armazenável, e armazéns convencionais, estruturais e infláveis, com 22,5 milhões de toneladas.
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