Prejuízos causados pelo clima contribuíram para o aumento preço, além de impactar qualidade do produto
Até o fim deste mês Minas Gerais deve colher quase 90% de toda a produção de batata. E com a chegada do fim da temporada, a menor oferta do produto leva à alta dos preços. Além disso, problemas climáticos também impactaram a qualidade do produto disponível.
Proximidade do fim da colheita afeta o preço do produto. (Foto: Aen Pr)
Na parcial divulgada no início do mês pelo Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada) o preço da batata lavada tipo ágata aparecia em R$113,43, valor 43,86% acima do de setembro, quando estava em R$78,84. Entre os dias 11 e 15/10 a cotação média da batata tipo ágata especial, saca de 50kg, chegou a R$118,18 em Belo Horizonte. No levantamento mais recente, entre 18 e 22/10, a cotação do produto na capital mineira teve uma leve redução e ficou em R$117,31.
Além da menor oferta do produto no mercado, resultado da proximidade do fim da safra, problemas climáticos comprometeram a produtividade das lavouras e impactam no preço da batata. Um exemplo são as chuvas registradas ao longo deste mês, que dificultaram a colheita em algumas regiões produtoras.
Fenômenos climáticos também impactaram nos preços. (Foto: Gilson Abreu/AEN)
Também ainda são sentidos reflexos de geadas que atingiram as plantações em julho. No sudoeste paulista, importante pólo produtor de batata, alguns agricultores enfrentam até 30% de queda na produtividade. A situação é semelhante em Minas Gerais.
Os problemas climáticos, além de diminuírem a quantidade de produtos, prejudicam a qualidade do que é colhido. Produtores relatam problemas de escurecimento da pele do produto, além de maior incidência de praça. Já houve, inclusive, descarte em algumas lavouras.
