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Tecnologia ‘livre de vírus’ faz safra de alho crescer 30% no Jequitinhonha

A área cultivada deve alcançar produtividade de 14 toneladas por hectare com auxílio da ciência

Atualmente o município de Gouveia tem mais de cem produtores trabalham com o cultivo do alho (Foto: Divulgação/ Emater - MG)
Vivia de Lima
21 de agosto de 2021
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“É uma tradição passada de pai para filho e depois neto. Assim, a gente vai dando continuidade ao trabalho com a cultura”. Essa fala é do produtor de alho Jurandir Pereira. Ele é morador de Gouveia, no Vale do Jequitinhonha. O município deve atingir 210 toneladas de colheita de alho entre agosto e setembro. Esta é a expectativa da  Emater (Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais), que auxilia produtores na implantação da tecnologia de produção de alho livre de vírus, numa parceria com a Embrapa e a prefeitura local.

A área cultivada deve alcançar produtividade de 14 toneladas por hectare e aumento de 30% em relação ao ano passado, também em virtude de cultivar livre de vírus desenvolvida pela Embrapa Hortaliças. A tecnologia é ancorada em um processo de limpeza clonal realizada em laboratório com vistas à eliminação de vírus e demais micro-organismos nocivos à planta do alho. A Emater-MG ainda ajudou na instalação de uma unidade de multiplicação deste tipo de alho.

Atualmente, em Gouveia, mais de cem produtores trabalham com o cultivo do alho. “A cultura é uma importante fonte de renda no município e nossa meta é crescer todo ano até atingir posição de destaque nacional”, diz a chefe do Departamento de Agricultura e Meio Ambiente da Prefeitura de Gouveia, Paula Aparecida Trindade. De acordo com a Emater a região tem um clima propício para a produção de alho, por causa da altitude acima de 1.000 metros e da boa oferta de água.

Mercado nacional

De acordo com a Embrapa Hortaliças o consumo de alho cresceu 20% no Brasil em 2020. Já a produção do bulbo atingiu 36 milhões de caixas de 10 quilos, confirmado uma boa expansão da cultura no país nos últimos anos. Em seis anos, as lavouras saíram de menos de 10 mil hectares para 14 mil hectares, enquanto a produtividade saltou de nove para 15 toneladas por hectare no período.

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