Patrocínio Logo TV Alterosa
Euro R$ 5,35
Dólar R$ 4,87
Sol o dia todo sem nuvens no céu. Noite de tempo aberto ainda sem nuvens.
Belo Horizonte
25º

Exportações brasileiras de milho bateram recorde no mês passado

Números da Conab apontam que os embarques para o exterior chegaram a 6,41 milhões de toneladas, melhor resultado da série histórica

Exportações de milho bateram recorde no mês passado. (Foto: Ivan Bueno/ANP)
Ricardo Miranda
2 de fevereiro de 2023
compartilhe

A nova edição do boletim AgroConab divulgado há alguns dias pela Conab, Companhia Nacional de Abastecimento, revela que o Brasil bateu recorde nas exportações de milho em dezembro do ano passado. As vendas para o exterior chegaram a 6,41 milhões de toneladas, o melhor desempenho da série histórica. A Companhia também destaca que o aquecimento do setor se mantém no início de 2023.

De acordo com a Conab, nos 15 primeiros dias úteis deste ano o país já embarcou 4,2 milhões de toneladas. Os números são da Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços. O volume parcial já é 54% maior que o registrado em todo o mês de janeiro de 2022.

O recorde registrado em 2022 e os bons números do início deste ano estão pressionando os preços do cereal no mercado interno, impactado pelos menores níveis dos estoques de passagem do grão. Segundo a Conab, o corte na produção da safra 2022/2023, tanto no primeiro ciclo brasileiro quanto na estimativa para os Estados Unidos, devem contribuir para a alta das cotações. “O elevado volume exportado em dezembro já conta com 1,1 milhão de toneladas com destino para a China, o que melhora as perspectivas de comercialização do cereal para o continente asiático neste ano”, pondera o superintendente de Estudos de Mercado e Gestão da Oferta da Conab, Allan Silveira.

O levantamento da Conab também aponta para o cenário de alta nos preços da soja no mercado interno ao longo de 2023. A explicação vem do aumento nas cotações internacionais da oleaginosa em razão de problemas climáticos de seca que ocorreram na Argentina. A produção do país vizinho na safra 2022/23 deve variar entre 35,5 a 41 milhões de toneladas, segundo a Bolsa de Cereales, o que pode representar uma nova quebra. “Com a quebra de safra na Argentina, o Brasil deve continuar com fortes exportações de farelo e óleo de soja em 2023. Além disso, a possibilidade de elevação do percentual de 10% para 15% de biodiesel ao diesel, deve manter os esmagamentos elevados. A estimativa de exportações brasileiras de soja também deve ser elevada, dando assim, sustentação aos preços nacionais”, ressalta o superintendente da Companhia.

Já em relação ao trigo, a Conab afirma que o cenário indica queda dos preços no mercado interno. O Brasil registrou recorde na produção no ano passado, com 9,7 milhões de toneladas colhidas, o que impacta no aumento da oferta e reduzindo os preços. “No entanto, a quebra da safra argentina e a questão do câmbio podem minimizar a pressão baixista”, explica a analista de mercado da Conab, Flávia Starling.

compartilhe