As despesas com energia elétrica sempre estiveram entre os cinco maiores gastos de uma propriedade voltada pra criação de gado leiteiro em Formiga, na região Centro-Oeste do estado. De um ano pra cá, com o investimento em fontes renováveis, os produtores rurais conseguiram tornar a propriedade autossuficiente em produção de energia, gerando uma economia de R$22mil reais por mês.
O processo começou há um ano, com a instalação de placas solares. A usina fotovoltaica montada na propriedade tem capacidade de produzir metade da energia utilizada na fazenda. Para alcançar a autossufiência e não utilizar mais a energia elétrica fornecida pela CEMIG, os produtores rurais construíram biodigestores pra produção de biogás.
O processo funciona em três etapas. Tudo começa nos galpões onde as mais de 300 vacas da propriedade ficam confinadas. O esterco é recolhido e levado para um equipamento que faz a separação da parte sólida. O líquido, em seguida, cai nos tanques biodigestores, que ficam cobertos por lonas. Nessa etapa as bactérias processam a matéria orgânica e geram o biogás, que serve de combustível para o gerador de energia. Com o que é produzido dessa forma a fazenda consegue abastecer a outra metade do consumo de energia elétrica da fazenda.
Somando os KW (quilowatts) produzidos pelos painéis solares e pelo biogás, a fazenda consegue abastecer totalmente o consumo das máquinas e equipamentos. Dessa forma, a propriedade atingiu a autossuficiência energética. “Tem sido uma experiência incrível, porque a economia financeira superou nossas expectativas. Em pouco tempo vamos recupera todo o investimento feito para instalar as placas solares e também o que foi gasto com os biodigestores”, avalia o produtor rural Douglas Rodrigues.
Além de gerar economia financeira, o uso do biogás traz benefícios para o meio ambiente. Depois que a matéria orgânica é processada nos biodigestores, o rejeito é um líquido escuro e praticamente sem cheiro. Esse material é levado para dois tanques de armazenamento para não causar impactos à natureza.
O líquido que sobra do processo e fica armazenado nos tanques é utilizado na propriedade para lavar o chão dos galpões de confinamento do gado. É uma forma de reaproveitar o material e gerar ainda mais economia, já que diminui o consumo de água potável. Além disso, o líquido também é usado na irrigação das áreas de plantio da propriedade e ajuda na fertilização do solo.
Douglas Silva explica que a matéria orgânica restante nos biodigestores, removida após o processamento das bactérias, também pode ser utilizada como adubo nas plantações. “É um processo completo. A gente gera economia, reduzindo os gastos com energia elétrica, e também minimiza os impactos para o meio ambiente, sem impactos para a natureza”, finaliza o produtor rural.
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