Parceria é entre a UFV, Companhia Brasileira de Alumínio e viveiristas de Dona Eusébia
Uma técnica inédita e inovadora de restauração florestal foi desenvolvida pela Companhia Brasileira de Alumínio (CBA), em parceria com a Universidade Federal de Viçosa (UFV), junto de viveiristas da região de Dona Euzébia, na Zona da Mata de Minas. A cidade é referência na produção de mudas.
Na prática, estão sendo plantadas mudas altas de espécies nativas da Mata Atlântica nas áreas de reflorestamento da CBA, para acelerar o restabelecimento da flora. “Trabalhamos para contribuir com a melhoria da biodiversidade na região. Essa é mais uma tecnologia aberta desenvolvida dentro do ambiente da mineração de bauxita, referência em sustentabilidade, aprimorando nosso jeito de restaurar as florestas”, destacou o gerente das unidades da CBA na Zona da Mata Mineira, Christian Fonseca de Andrade.
A técnica foi desenvolvida a partir de um dos principais desafios encontrados na restauração florestal, entre elas a competição entre mudas nativas e gramíneas. “As nativas sofrem com a competição das espécies invasoras agressivas, como a braquiária, o que resulta, geralmente, em elevadas taxas de mortalidade das mudas plantadas”, explicou a companhia. Para evitar isso, as mudas cinco vezes mais altas que o normal, estão sendo plantadas nas áreas de reflorestamento. Até o momento, foram plantadas mais de 90 mil mudas altas nas áreas de restauração florestal.
Para avaliar os resultados, a 1ª análise do projeto foi realizada em 2021 pela CBA e pelo Laboratório de Restauração Florestal da UFV (LARF/UFV), que revelou um ótimo desenvolvimento das raízes, permitindo rápida exploração do solo ao redor da cova de plantio. Assim, os resultados da técnica de plantio com mudas altas também indicam a redução do tempo do processo de restauração florestal. A implantação das mudas altas contempla não apenas o plantio, mas todo o período de manutenção e monitoramento das áreas, até que estejam desenvolvidas e em equilíbrio com o ecossistema.