Produtores dizem que o cenário econômico é pouco favorável, principalmente devido à alta dos insumos e baixa remuneração
O Dia Mundial do Leite é celebrado nesta quarta-feira, 1º de junho. Uma data criada pela Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura para reconhecer a importância desse alimento. Mas produtores dizem que o setor enfrenta sérios desafios, principalmente devido aos altos custos dos insumos.
Segundo a Faemg, Federação da Agricultura e Pecuária de Minas Gerais, só em Minas são mais de 200 mil propriedades com presença da pecuária leiteira. O estado é o maior produtor de leite do país, respondendo 27,3% da produção nacional, o equivalente a cerca de 10 bilhões de litros por ano. O Valor Bruto da Produção do leite em Minas passa de R$ 15 bilhões e o setor gera mais de 400 mil empregos diretos. “A pecuária leiteira está em quase 100% dos municípios mineiros. Por isso, a importância dela, mantendo o homem no campo com emprego e renda, e produzindo leite de qualidade – e saúde – para toda a população”, destaca Antônio de Salvo, presidente do Sistema Faemg.
Apesar dos bons números da produção, o Dia Mundial do Leite é uma oportunidade para discutir dificuldades importantes enfrentadas pelo setor. Segundo os produtores, o momento no campo é de dificuldade, principalmente com custos de produção elevados e preços pouco remuneradores.
“O produtor de leite é um tomador de preços. Ele não define quanto vai pagar nos produtos e insumos necessários à produção, e não tem controle algum sobre o preço do produto final. Ele quase nunca sabe quanto vai receber, no final do mês, sobre o leite que entrega ao laticínio. Nosso grande desafio será conferir mais previsibilidade e equilíbrio de mercado ao setor”, pontua o presidente da Comissão Técnica de Pecuária de Leite do Sistema FAEMG, Jônadan Ma.