Os testes realizados em laboratório apresentaram aumento de cerca de 50% em desempenho
Um estudo desenvolvido nos últimos cinco anos pela mineradora Vale em parceria com a Universidade Federal de Itajubá (UNIFEI), campus Itabira, concluiu que a areia produzida a partir do reaproveitamento do rejeito de minério de ferro pode ser utilizada no revestimento de estradas, com benefícios ambientais e econômicos.
Os resultados dos testes realizados em laboratório durante a pesquisa apresentaram aumento de cerca de 50% em desempenho que estimam a vida útil de uma estrada pavimentada e redução de 20%, aproximadamente, dos custos da obra, com o uso desse tipo de material em se comparado aos pavimentos construídos com brita, solo, areia natural e outros materiais.
Os investimentos em pesquisa e inovação para aplicação de areia sustentável em pavimentos rodoviários somam mais de R$ 7 milhões. Cada quilômetro de rodovia pode consumir até 7 mil toneladas do rejeito gerado na produção do minério de ferro, sendo que, somente em Minas Gerais, existem em torno de 250 mil quilômetros de estradas sem pavimentação.
O Laboratório de Pavimentação e Solos e o Laboratório de Materiais de Construção Civil da UNIFEI de Itabira desenvolve pesquisas com reaproveitamento de rejeitos da mineração de ferro desde 2017, por meio de convênios firmados entre a UNIFEI, a mineradora Vale S.A. e a Fundação de Apoio ao Ensino, Pesquisa e Extensão de Itajubá (FAPEPE).
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