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Brasil vai ampliar produção de fertilizantes a base de potássio

Empresa de tecnologia agrícola anunciou investimentos de R$ 275 milhões na construção da terceira indústria de produção de potássio sem cloro

Brasil ainda é muito dependente de fertilizantes importados. (Foto: Krisanapong Detraphiphat/Getty Images)
Ricardo Miranda
7 de julho de 2022
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O agronegócio brasileiro acompanha, com preocupação, o avanço da guerra entre Rússia e Ucrânia. Os russos são os principais fornecedores de fertilizantes para o Brasil e o conflito pode comprometer o mercado internacional de insumos agrícolas. Diante disso, a Verde Agritech, uma das maiores produtoras nacionais de fertilizantes minerais multinutrientes, anunciou recentemente um investimento de R$ 275 milhões para construção de mais uma indústria de produção de potássio sem cloro, com o objetivo de aumentar o atendimento à demanda nacional, reduzindo a dependência de importações.

Cristiano Veloso (ao centro), fundador e CEO da Verde Agritech, acompanhado de agricultores, na obra para construção da planta 2 da companhia. (Foto: Daniele de Paula)

Nós conversamos com o diretor e CEO da Verde Agritech, que comentou os reflexos da guerra para o agronegócio brasileiro, bem como os planos da empresa para investir na produção de fertilizantes no Brasil. A companhia foi fundada na Inglaterra pelo mineiro Cristiano Veloso e produz fertilizantes à base de potássio.

Cristiano Veloso afirma que a guerra entre Rússia e Ucrânia pressionou o preço do cloreto de potássio, um dos insumos mais usados pela agricultura brasileira. A alta demanda, aliada à baixa oferta no mercado internacional, fizeram com que o valor do produto disparasse. “No longo prazo é preciso olhar para a raíz do problema. O Brasil é altamente dependente do cloreto de potássio, importando mais de 90% do que necessita. Apenas Rússia e Bielorrúsia, diretamente impactadas pelo embargo em função da guerra, respondem por 46% do fornecimento para o Brasil. O cloreto de potássio ocupa hoje o segundo lugar na pauta de importações brasileiras, cerca de 2% do total, segundo o Ministério da Economia”, destaca o CEO da Verde Agritech.

Investimentos

A Verde Agritech é a primeira empresa do mundo a aditivar microrganismos no fertilizante, por meio de uma tecnologia chamada Bio Revolution. (Foto: Datagro)

A Verde Agritech opera em duas unidades em Minas, localizadas em São Gotardo e em Matutina, no Alto Paranaíba. “Para assegurar fertilizante potássico aos heróis brasileiros, que todos os anos se arriscam na produção de alimentos, anunciamos investimentos de mais R$ 70 milhões na segunda unidade da Verde Agritech, que terá condições de produzir, ainda em 2022, até 2,4 milhões de toneladas por ano, o que elevará a companhia ao patamar de maior produtora de potássio do Brasil, atingindo 3 milhões de toneladas/ano. Além disso, anunciamos investimentos de R$ 275 milhões para construir a terceira planta, com obras que serão iniciadas em 2023 e previsão de início das atividades para 2024. Com a planta três a Verde Agritech conseguirá suprir 16,4% da demanda nacional por potássio“, completa Cristiano.

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