Prefeitura busca parcerias para conseguir aplicar a nova técnica em mais 150km de estradas rurais do município
Em Bom Despacho, na região Centro-Oeste do estado, o uso do chamado asfalto ecológico já apresenta resultados positivos. Amostras do solo foram levadas para análise em Belo Horizonte, e os testes comprovaram que a aplicação da técnica melhorou a resistência, diminuiu a formação de buracos e de lama. Com isso, a prefeitura já pensa em expandir o projeto.
O asfalto ecológico começou a ser testado em Bom Despacho no início deste ano. Cerca de 300 metros de estrada de terra, no acesso à comunidade Mato Seco, receberam a aplicação do preparo à base de óleos vegetais. “O asfalto ecológico melhorou muito as condições da estrada. E como tem maior durabilidade, a estimativa é que a técnica reduza em até 30% o nosso gasto com manutenção das vias rurais”, explica Dr. Bertolino, prefeito de Bom Despacho.
Após a aplicação do preparo à base de óleos vegetais, a estrada de terra passa por compactação, para finalizar o asfalto ecológico. Com isso, a técnica promete evitar a formação de buracos. “O solo está mais rígido, a poeira praticamente acabou. Pra nós, o projeto deu muito certo”, afirma Vital Libério Guimarães, secretário de obras de Bom Despacho.
Bom Despacho é polo do agronegócio na região e tem mais de 1600km de estradas rurais. Com os bons resultados do asfalto ecológico, a prefeitura já estuda a possibilidade de ampliar o projeto. Inicialmente, a ideia é aplicar a técnica em pelo menos 150km nesta primeira fase. “Nós já identificamos os pontos prioritários das estradas rurais e aqueles trechos onde temos maior trânsito de veículos, e vamos priorizar por esses critérios”, detalhe o prefeito.
Como a tecnologia tem um custo de aplicação elevado, a prefeitura tenta firmar parcerias com empresas da região, pra viabilizar o projeto. “Vamos atrás das cooperativas, empresas de cana de açúcar, de eucalipto, que são quem mais usa a estrada. E quanto mais apoio conseguirmos, mais quilômetros poderão receber o asfalto ecológico”, finaliza o secretário.