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Projeto apoia plantio de árvores e produção de alimentos saudáveis

A iniciativa está sendo desenvolvida em vários territórios de Reforma Agrária espalhadas pelo país desde 2020 e já alcançou bons resultados

Aline Oliveira mostra alguns alimentos produzidos pelo programa. (Foto: MST)
Ricardo Miranda
21 de janeiro de 2023
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O Plano Nacional “Plantar Árvores, Produzir Alimentos Saudáveis” é uma iniciativa desenvolvida com o objetivo de intensificar a recuperação ambiental, além de potencializar a produção de alimentos saudáveis. A meta do projeto é plantar 100 milhões de árvores em dez anos. As ações começaram em 2020 em diversos territórios da reforma agrária espalhados pelo país.

O plano foi criado pelo MST, Movimento Sem Terra. As famílias que moram em territórios de reforma agrária estão plantando mudas de árvores nativas, frutíferas, ornamentais, hortaliças, medicinais, entre outras. As atividades acontecem nas escolas do campo, cooperativas, centros de formação, praças, avenidas e cidades. Com isso o programa está criando uma rede de viveiros da Reforma Agrária, recuperando áreas degradadas, encostas de rios, córregos e nascentes de água.

Desde que o plano foi criado, várias ações já aconteceram em diferentes regiões do Brasil. “10 milhões de árvores foram plantadas. Entre árvores nativas e frutíferas nos diversos biomas, e com mais de 300 viveiros de mudas, em funcionamento”, explica Bárbara Loureiro, da coordenação do Plano. Em 2022, com apoio do coletivo de juventude do MST, o projeto conseguiu avançar na formação sobre a crise ambiental, nas denúncias de conflitos socioambientais e de empresas que destroem o meio ambiente, além de discutir geração de renda para as famílias Sem Terra nos territórios. “A juventude Sem Terra tem atuado como anunciador do nosso projeto, avançado no diálogo com a sociedade, sobretudo, e nas denúncias e apontado experiências que reúnem os cuidados com os bens comuns a partir dos viveiros, mas também com a geração de renda”, pontua Aline Oliveira, do coletivo de juventude do movimento.

Atualmente, são cerca de 300 viveiros espalhados pelo país. “Em 2022, o Plano aponta o avanço na formação sobre a crise ambiental, tanto desvelando as causas e consequências, como as falsas ‘soluções verdes’ apontadas pelo capitalismo pra saída dessa crise, que é consequência dos modos de produção e de exploração do capitalismo aos bens naturais. Segundo os especialistas, são necessário medidas urgentes pra questão ambiental. E o Plano Nacional é uma solução, baseada nos saberes, as vivências e resistência, dos povos tradicionais camponeses, assentados, indígenas e quilombolas, que aprenderam a partir do seu processo histórico de ocupação territorial a manejar cada bioma, a cuidar da biodiversidade”, afirma Aline.

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