Acordo prevê ações até janeiro de 2023 e visa modernizar programas de melhoramento da batata-doce
A Universidade Federal de Viçosa (UFV) aprovou um projeto junto ao Centro Internacional da Batata (CIP) para modernizar programas de melhoramento de batata-doce em Uganda, na África. O local é um dos maiores produtores da leguminosa no mundo. O acordo de parceria assinado e já publicado no Diário Oficial da União prevê ações até janeiro de 2023, com financiamento da Bill & Melinda Gates Foundation.
A iniciativa será coordenada na UFV pelo professor do Departamento de Agronomia Guilherme da Silva Pereira. O docente vai trabalhar em conjunto com parceiros do CIP de Uganda, National Crops Resources Research Institute e North Carolina State University, no desenvolvimento e aplicação de marcadores moleculares e de modelos de seleção genômica na cultura da batata-doce. A ideia da seleção genômica é de predizer esses valores genéticos também com base na informação contida no DNA. No caso da batata-doce, produtividade e resistência à doenças por vírus e broca-da-raiz, que é uma das principais pragas dessa cultura em países da região do Caribe, oeste da Índia, sul do Pacífico, América Central e América do Sul e Brasil, serão os principais alvos do trabalho.
De acordo com Guilherme Pereira, o projeto envolve a interação com a equipe de pesquisadores responsável por coletar dados fenotípicos de batata-doce para realizar as s análises dos dados moleculares. De acordo com o pesquisador, os valores genéticos são, normalmente, inferidos a partir dos fenótipos e usados para o ranqueamento dos indivíduos e seleção dos mais promissores.