Produtor usa microbiologia para dar ainda mais vida a produção
O plantio do morango orgânico começou há 2 ano com produção de duas variedades espanholas. A propriedade no bairro Caeté em Juiz de Fora foca em aumentar a biodiversidade do local, o que contribuiu para todo o sistema produtivo. “A área foi, por anos, totalmente degradada. Mas com o conceito de agrofloresta e com a recuperação de corredores ecológicos, foi possível ver o sítio se encher de natureza novamente,” afirmou Gustavo Wunderlich, produtor rural.
Geralmente, no cultivo tradicional, o produtor tem o fruto com mais rápido, mas ao longo dos anos há uma decadência do solo. No plantio orgânico acontece o contrário. Existe uma crescente de melhora na terra e uma queda no uso dos insumos. Além disso é possível ter morango o ano todo. Mas a época com mais abundância da fruta é no inverno. “A maior colheita que tivemos foi no fim de maio. No mês foram colhidos 300 kg de morango nos 0,3 hectares. Os Micro-organismos Eficientes utilizados no solo também fazem um papel fundamental na produção, auxiliando na decomposição de matéria orgânica e no aumento da absorção de nutrientes”, explica Gustavo.
Um diferencial da plantação do morango orgânico na propriedade é a não utilização dos plásticos que normalmente são colocados, mesmo no cultivo orgânico, para evitar contato da fruta com o solo e evitar ervas daninhas. “Seria incoerente em uma plantação toda natural utilizar plástico, por isso optamos pela palha, que faz o mesmo trabalho e ainda vira adubo”, acrescenta o produtor rural.
A colheita do morango orgânico é feita pelo menos três vezes por semana, quando são vendidos em feiras livres de Juiz de Fora. O produtor rural também oferece a venda na modalidade delivery; com a pandemia essa foi a forma utilizada para continuar tendo acesso aos consumidores. “O objetivo é levar comida de melhor qualidade para a casa das pessoas”, finaliza Gustavo.
