Produtor inventou o coletor de pingo, um fermento natural extraído do soro da produção de queijo
Adalton Soares da Costa, de São Roque de Minas, município que integra o circuito turístico Nascentes das Gerais e Canastra, foi o vencedor do 7º Prêmio Emater-MG de Criatividade Rural. O produtor de queijos é o inventor do coletor de pingo, um fermento natural extraído do soro da produção de queijo do dia anterior e usado na produção de Queijo Minas Artesanal.
O objetivo do concurso, segundo a Emater (Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural) é incentivar e divulgar as inovações tecnológicas que gerem melhorias em sistemas de produção, de processamento e de comercialização de produtos agropecuários.
O produtor encerra a produção de queijo no final da tarde, quando começa a dessora para a coleta do pingo usado na fabricação do dia seguinte. No entanto, ele diz que o melhor pingo o da madrugada, por ter maior acidez e concentração bacteriana. O pingo interfere diretamente na consistência e no sabor do queijo.
A invenção consiste em fixar um funil de plástico na borda da bancada onde ficam os queijos e por onde escorre o soro. Na saída do funil, foi colocada uma mangueira presa. O pingo que escorre nas primeiras horas da dessora cai no funil, circula pela mangueira e é descartado por gravidade em um balde. Já o pingo que interessa ao produtor fica retido. O produtor utiliza cerca de 200 ml de pingo por dia para produzir os queijos.
Adalton tem um rebanho de 50 cabeças de gado leiteiro e uma produção mensal de 600 quilos de queijo.